Um em cada cinco consumidores da União Européia apóia a energia nuclear
2007-01-09
A questão energética é um desafio global para os europeus mas com prioridade muito menos acentuada face a temas como o desemprego ou o crime, o que em parte explica porque apenas 20% dos consumidores da União Européia apóie o recurso à energia nuclear, indicam os resultados de um inquérito conduzido pela Comissão Européia.
A percepção dos europeus é de que o recurso às renováveis terá um papel importante no futuro e que o nuclear tem lugar assegurado no mix de consumo, refere o estudo. Assim, segundo a síntese do relatório, os consumidores europeus mostram-se relutantes em relação ao consumo de combustíveis fósseis petróleo, gás e carvão), uma vez que 55% prefere um cenário de utilização de recursos renováveis, mas apenas um em cada cinco inquiridos apoia o uso da energia nuclear.
Perspectivando o futuro, 43% privilegiam o uso da energia solar, enquanto 33% preferem a eólica. Quanto à energia nuclear, apesar da maioria não apoiar a sua utilização, 34% dos inquiridos apontam-na como uma das três fontes mais utilizadas num cenário a 30 anos.
Segundo o Eurobarómetro, se à primeira vista a energia surge como fundamental para o funcionamento da sociedade, no seu todo, o tema sugere, atitudes e comportamentos diferenciados, refere o estudo sobre percpções e comportamentos relativos a tecnologias e recursos energéticos.
De acordo com o estudo cujas conclusões foram divulgadas esta segunda-feira, em Bruxelas, a energia é um tema prioritário para 14% dos inquiridos, bem atrás do desemprego (64%), e do crime, cujo combate é prioritário para 36% das respostas.
Porém, a maioria dos europeus (54%) dá muita importância à necessidade de redução do consumo da energia no seu país, enquanto 60% considera urgente o desenvolvimento da pesquisa na área energética. Orientando esta preocupação estão factores como o preço da energia e a necessidade de os respectivos governos garantirem preços baixos para os consumidores.
(Diário Digital, 08/01/2007)
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?id_news=75917