Catástrofes naturais em 2006 custaram US$ 45 bi
2007-01-09
A Munich Reinsurance, segunda maior resseguradora do mundo, prevê que o número de catástrofes naturais relacionadas ao clima deverá aumentar nos próximos anos devido ao aquecimento global, entre outras razões. Torsten Jeworrek, membro do conselho de administração da Munich Re, disse que o aumento destes desastres significa que o potencial de prejuízos crescerá continuamente para as seguradoras e resseguradoras.
Segundo a Munich Re, o setor de seguros foi consideravelmente poupado de importantes prejuízos decorrentes de catástrofes naturais em 2006, ao contrário de 2005 e 2004, quando furacões como o Katrina, por exemplo, causaram danos significativos. Os prejuízos econômicos até o final de dezembro de 2006 totalizaram US$ 45 bilhões para o setor, cerca de um quinto dos US$ 219 bilhões em 2005. Este ano, as perdas seguradas totalizaram US$ 15 bilhões, em comparação a US$ 99 bilhões em 2005, disse a Munich Re. "Este resultado relativamente positivo pode ser atribuído à ausência de graves furacões no Atlântico Norte", disse a Munich Re em um comunicado.
Mudanças climáticas
"Agora, ninguém contesta mais as mudanças climáticas. No longo prazo, este será um fator que aumentará o número de graves catástrofes naturais", afirmou Peter Hoeppe, diretor de Pesquisa de Riscos Geo da Munich Re. Ele acrescentou que a Munich Re acredita que, dentro de uma ou duas décadas, o número de furacões ultrapassará a média para os anos de 1950 e 2006, quando a média anual foi de dez ciclones, seis deles com força de furacão. Várias empresas do setor têm investido em estudos para amenizar as perdas econômicas.
A Swiss Re, maior resseguradora do mundo, anunciou que está oferecendo um reembolso de até 5 mil francos suíços (US$ 4,058 mil) a cada um dos seus empregados que se comprometer a reduzir "a sua marca de carbono individual", segundo comunicado divulgado.
A Swiss Re informou que o programa "reduza você também (COyou2) o CO2 e ganhe" apoia os investimentos dos empregados em medidas que contribuem para reduzir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa, especialmente em relação à mobilidade, ao aquecimento e à energia elétrica. Essas medidas, que variam de acordo com circunstâncias e preferências regionais, incluem carros híbridos com baixo nível de emissões, o uso do transporte público e a instalação de painéis solares, ou de bombas de aquecimento. De agora até o fim de 2011, a Swiss Re vai reembolsar a cada um dos empregados a metade do valor investido nessas medidas, até o máximo de 5 mil francos suíços ou o equivalente em moeda local.
Várias empresas do setor de seguros e de resseguros vêm colocando seu prestígio, conhecimento e recursos financeiros para promover pesquisas e a compreensão das mudanças climáticas e do aquecimento global e os seus efeitos globais potencialmente catastróficos. Como parte da Clinton Global Iniciative, a Swiss Re decidiu apoiar as medidas adotadas por seus empregados.
(Gazeta Mercantil/ Reuters, 08/01/2007)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=17044&iTipo=5&idioma=1