Preocupadas com as repercussões negativas após a proibição do banho pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) em áreas centrais das praias de Capão da Canoa e Torres, as prefeituras dos dois municípios decidiram não esperar novos relatórios.
Na semana passada, a prefeitura de Torres tentou a liberação do trecho considerado impróprio na Praia Grande, próximo à guarita central, mas técnicos da Fepam não haviam recebido os laudos que confirmam a validade dos testes da água analisada pela Corsan a pedido da prefeitura.
Na terça-feira (02/01), após receber a confirmação de quatro novas coletas realizadas pela Corsan, entre domingo e terça-feira, a pedido da prefeitura de Capão da Canoa, a Fepam autorizou a liberação para banho próximo à guarita 79. Na semana passada, o primeiro relatório da Fepam apontou o local impróprio nesses locais e na Foz do Rio Mampituba.
A articulação das administrações municipais é vista como positiva pelo gerente regional do Litoral Norte da Fepam, Mattos'Alem Roxo. Segundo ele, mostra que as prefeituras estão preocupadas com a repercussão negativa que um local impróprio causa para o município.
- As prefeituras têm interesse em manter a praia em condições de banho. Isso faz com que os administradores também procurem reverter essa situação - avalia o gerente regional.
A resolução 274 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabelece que, para um local ser considerado impróprio para banho, são necessárias pelo menos duas amostras de cinco realizadas que apresentem valores acima de mil coliformes fecais por 100 mililitros de água. Para ser liberada, deve apresentar cinco positivas. Como a Fepam divulga relatórios a cada sete dias, seria necessário aguardar cinco semanas, desde o último resultado negativo.
(Por Jocimar Farina,
Diário do Santa Maria , 08/01/2006)