(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2007-01-08
A matança de tubarões no litoral capixaba é intensa. A captura é feita principalmente por barcos de grande porte, vindos do sul do país. No Brasil, como em todo o mundo, além da captura do animal para uso de sua carne, também há matança apenas para a retirada da barbatana, considerado alimento afrodisíaco em alguns países, como a China.

Por ser considerado um alimento afrodisíaco, o produto tem alto valor. E apenas por isso, milhões de tubarões são mortos todo ano só pra virar sopa de barbatana.

A constatação de que há intensa matança de tubarões no litoral capixaba é do pesquisador Lupércio Araújo, do Instituto Organização Consciência Ambiental (Orca). Ele é especialista em mamíferos marinhos, como baleias e golfinhos, que são cetáceos, mas conhece bem outros animais, como os tubarões e raias, que são alasmobrânquios.

"Há matanças de tubarões no litoral capixaba", denuncia Lupércio Araújo. A constatação pode ser feita tanto no mercado de peixes da Vila Rubim, como no terminal de pesca de Itaipava, no sul do Estado, entre outros locais.

Lupércio Araújo defende os mamíferos aquáticos que estuda apontando que, nos últimos três anos, têm-se intensificado o uso da gordura do golfinho como "isca" de tubarão, como ocorre em Regência, na foz do Rio Doce. A matança então é das duas espécies. Na verdade, a captura ocasional de cação nas redes ou nos espinhéis onde são usadas as gorduras dos golfinhos leva ao engano, pois a isca não funciona.

O pesquisador lembra que são mortos tubarões das espécies cabeça-chata, galha-preta e anequim ou mako, esse confundido com o tubarão branco.

Para Lupércio Araújo, é necessária no país uma campanha que envolva o conjunto das organizações ambientais e de pescadores que não praticam a pesca predatória no sentido de, entre outras providências, propor a criação de unidades de conservação marinha, proibir a captura de tubarões (hoje só existente para o tubarão-branco) e raias, como as raias jamantas, que chegam a pesar 700 quilos. Hoje a campanha é feita de forma isolada, por uma ou outra instituição.

As raias também são capturadas e mortas por redes produzidas com polifilamentos, que diferentemente das redes de naylon, são mais resistentes. Ao não pocar com facilidade, captura animais que os pescadores artesanais sequer chegam a aproveitar, pois não conseguem trazer para dentro dos barcos.

Os grandes barcos pesqueiros, de ferro, diferentemente dos artesanais que são de madeira, chegam empregar redes de arrasto com até 20 quilômetros de comprimento, por dez metros de profundidade. Tais redes destroem tudo o que encontra e são dispostas na profundidade necessária ao tipo de peixe a ser capturado, como dourado, peixe de superfície, cação, de meia água ou lagosta que é de fundo.

No mundo, são registrados aproximadamente de 70 a 90 ataques de tubarão por ano a pessoas. A da FAO (órgão das Nações Unidas) estima que 100 a 150 milhões de tubarões são mortos todos os anos nos oceanos.

O Projeto Tubarões no Brasil (Protuba) está realizando uma campanha na Internet com o objetivo de combater a pesca comercial predatória que "é progressiva, constante e silenciosa. Se nada for feito, algumas espécies poderão ser consideradas extintas antes de terminarmos a primeira década do novo milênio", como diz parte do texto.
(Por Ubervalter Coimbra, Século Diário - ES, 05/01/2007)
http://www.seculodiario.com.br/arquivo/2007/janeiro/05/noticiario/meio_ambiente/05_01_09.asp

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -