O governo do Equador apresentará na segunda-feira um protesto formal na OEA (Organização dos Estados Americanos) contra as pulverizações aéreas com herbicidas que a Colômbia realiza na fronteira entre os dois países. Os herbicidas deveriam destruir plantações de drogas, mas acabam colocando em risco a população e a natureza, segundo Quito.

O presidente equatoriano, Alfredo Palacio, disse que o protesto formal será apresentado por seu chanceler, Francisco Carrión, na sede da OEA em Washington, em reuniões previstas para terça e quarta-feira. Palacios exige que a Colômbia suspenda indefinidamente as pulverizações aéreas perto da fronteira, já que utilizam o herbicida glifosato, maléfico à população e à natureza.

A Colômbia resiste em pôr fim às aspersões, por considerar que o glifosato é "inofensivo" para os humanos, enquanto o Equador sustenta que esse herbicida é um veneno e que poderia até mesmo ser considerado uma "arma química". A denúncia equatoriana e a persistência colombiana levaram os dois países a atravessar uma dura "crise diplomática" e uma forte troca de acusações entre suas autoridades. Quito e Bogotá, contudo, descartam romper relações diplomáticas.
(EFE, 08/01/2007)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u103575.shtml