Projeto controla emissão gás carbônico proveniente da geração termelétrica
2007-01-08
Projeto tecnológico de sistemas de biofixação de carbono por meio de microalgas está sendo desenvolvido com o objetivo de reduzir a emissão de gás carbônico (CO2) proveniente da geração termelétrica. O Projeto Microalgas, inédito no Brasil, vem sendo executado pela Eletrobrás, Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) e Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg). 'A pretensão é criar condições de sustentação para que o Estado possa utilizar o carvão mineral', disse um dos coordenadores do projeto, Alessandro Barcellos.
Na primeira fase da pesquisa, em 2005, foi estudada a viabilidade do uso de microalgas para a captura do CO2 do gás de combustão. Segundo o coordenador técnico do projeto e professor da Furg, Jorge Alberto Vieira Costa, os estudos revelaram resultados positivos se comparados a projetos semelhantes feitos no mundo todo. Na etapa seguinte, foi utilizado gás de combustão, de chaminé por exemplo, para alimentar as algas. 'Após a fixação do gás carbônico nas plantas, a intenção é transformá-las em proteínas e óleos graxos', disse Barcellos. No caso das proteínas, ele explica que o produto final poderá ser usado em ração animal e inclusive na alimentação humana. 'Microalgas podem ser usadas para enriquecer os alimentos'. Já os óleos gráxicos, podem ser transformados em biocombustível. Em uma terceira fase, que deve iniciar no final deste ano, os parceiros irão ampliar a planta piloto de biofixação de dióxido de carbono.
(Correio do Povo, 07/01/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp