A falta de conscientização ambiental ainda é um dos principais problemas enfrentados pelos fiscais. Em 2006, órgãos federais e estaduais executaram ações que desmantelaram quadrilhas de tráfico de animais silvestres e determinaram a execução de programas de mapeamento de áreas e de conservação de plantas exóticas no Estado.

De acordo com o coronel Juarez Fernandes de Souza, do Comando Ambiental da Brigada Militar, o ano foi marcado por diferentes infrações. Ele destaca a apreensão de cem animais contrabandeados, em agosto, na região das Missões. Além de agir no RS, a quadrilha atuava no centro do país e na Argentina. O coronel estima que, em 2007, o Comando Ambiental receberá R$ 2 milhões.

Ministério Público e Justiça Federal também tiveram intensa atuação. Entre os destaques, está o recente caso do controle da proliferação de mexilhão-dourado. A Justiça Federal determinou, em setembro, que o Ibama e o governo estadual fizessem um mapeamento da ocorrência do molusco. A decisão foi do juiz da Vara Ambiental, Agrária e Residual de Porto Alegre, Cândido Alfredo Silva Leal Júnior. A ação, desenvolvida em dezembro, identificou o mexilhão na maioria dos cascos de barcos estacionados nos clubes náuticos da região Metropolitana.

Houve ainda acolhimento parcial à ação civil pública do Ministério Público Federal restringindo o plantio de árvores exóticas na lagoa do Rio do Peixe. Leal Júnior determinou que o Ibama elaborasse diagnóstico de áreas plantadas no Interior e no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, considerado um dos principais locais de preservação de espécies do RS e pouso a aves migratórias.
(Correio do Povo, 07/01/2006)
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