Ministério quer regenerar no Rio de Janeiro gás que destrói camada de ozônio
2007-01-05
O Ministério do Meio Ambiente pretende instalar neste ano um centro de regeneração do gás clorofluorcarbono (CFC), no Rio de Janeiro. Há dois anos, uma central como essa funciona em São Paulo: recebe CFC usado, retira sua sujeira e o devolve para ser reutilizado.
O Brasil não fabrica nem importa mais CFC. Por isso, é preciso regenerar o gás existente no mercado para manutenção dos equipamentos que ainda o utilizam - principalmente refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado antigos.
Cerca de 7 mil técnicos foram treinados para recolher o gás de geladeiras velhas. Normalmente, quando o produto quebrava, o CFC que estava dentro do equipamento era liberado e substituído por outro novo. Hoje, é enviado para a central de regeneração. O treinamento é feito em parceria entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
“Tem um triplo ganho. Por um lado, se qualifica a mão-de-obra. Por outro, se evita que esse gás seja lançado para a atmosfera. E ainda se tem a possibilidade de uso desse CFC para manutenção de equipamentos velhos”, afirma o diretor do Programa de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Ruy de Góes.
Segundo ele, estima-se que cerca de 40 milhões de geladeiras ainda utilizem CFC no Brasil. Substituir esses eletrodomésticos é outra estratégia para eliminar o uso do produto. Em alguns estados, como a Bahia, por meio de programas de eficiência energética, concessionárias de energia elétrica doam geladeiras novas para famílias de baixa renda e o MMA recolhe o gás das velhas.
A expectativa é de que no futuro sejam abertos mais dois centros de regeneração, um na região Nordeste e um no Centro-Oeste, de acordo com Ruy de Góes.
(Por Yara Aquino, Agência Brasil, 04/01/2007)
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/01/04/materia.2007-01-04.3848383137/view