(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2007-01-04
Um estudo que está sendo realizado a pedido do NAE (Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República) vai analisar o potencial dos mares brasileiros para propor estratégias de investimento ao governo federal. O objetivo é fazer um levantamento dos seres vivos e dos recursos minerais e identificar o potencial relativo à área de ciência e tecnologia — como a extração de produtos medicinais e o monitoramento meteorológico.

A área marítima brasileira tem mais que o dobro do tamanho do Amazonas, o maior Estado do país. Ela ocupa cerca de 3,6 milhões de km² e poderá ser ampliada para 4,5 milhões, caso a ONU aprove um pedido encaminhado pelo Brasil em 2004. “É uma área bastante extensa e praticamente inexplorada, com exceção do petróleo”, avalia o professor do Instituto Oceanográfico da USP, Belmiro Mendes de Castro Filho, um dos coordenadores da pesquisa encomendada pelo governo, intitulada Mar e Zona Costeira Brasileiros.

O trabalho está sendo feito pelo Centro de Gestão em Assuntos Estratégicos e será entregue ao governo brasileiro como parte das atividades do Projeto Brasil 3 Tempos — uma iniciativa apoiada pelo PNUD que pretende estabelecer metas para o desenvolvimento do país que deverão ser cumpridas em três prazos propostos: 2007, quando começa um novo governo federal, 2015, quando vencem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, e 2022, quando o Brasil completará 200 anos de independência.

“Pretendemos analisar o que existe no mar brasileiro e fazer sugestões de políticas de investimento a médio e longo prazo. São coisas nas quais o Brasil deve investir hoje, para não se arrepender em 2022”, diz o professor. “Vamos fazer um levantamento dos recursos minerais que não foram explorados, do potencial da pesca em alto-mar, e de novas áreas e novas possibilidades, como a biotecnologia marinha .Vamos observar a situação da preservação da paisagem, visto que isso tem uma repercussão socioeconômica muito grande. Por que as pessoas vão fazer turismo no Caribe? Porque o mar é deslumbrante”, afirma.

Outro aspecto que será abordado pelo estudo, destaca Castro Filho, é a influência dos oceanos no clima do planeta e do país. “Através do monitoramento é possível prever as condições do clima e do tempo, como é feito atualmente no Pacífico, para observar o El Niño. Existem processos oceânicos que parecem estar associados ao ciclo de seca e de chuva no Norte e Nordeste. Assim, pode ser possível prever as épocas de seca nessas regiões, assim como é possível prever o El Niño”, conta. O levantamento deverá ficar pronto até março de 2007, segundo o pesquisador.

Aumento de área marítima
O Brasil está pleiteando junto à Comissão de Limites de Plataforma Continental da ONU um aumento de sua área marítima. O país tem domínio sobre toda região de mar que fica a até 200 milhas da costa, como estabelece a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos do Mar, que entrou em vigor em 1982 com o propósito de ordenar juridicamente a zona marítima. Com essa medida, o Brasil pode explorar economicamente cerca de 3,6 milhões de km².

O pedido para que esse limite seja ampliado foi encaminhado à ONU em setembro de 2004, atendendo a uma possibilidade aberta pela própria Convenção, que permite que a extensão para até 350 milhas, caso a área em questão seja comprovadamente uma continuidade da plataforma continental do país. Caso o pleito seja atendido, o Brasil ficará com um território marítimo de 4,5 milhões de km², o equivalente a mais de 40% da área de terra brasileira.

O Brasil é o segundo país a pedir a ampliação de sua área de mar. O primeiro foi a Rússia, que não foi atendida por não ter a fronteira marítima bem delimitada, o que não acontece com a área brasileira, segundo a Marinha. De acordo com o Itamaraty, é possível que a decisão seja tomada já em março, quando acontece a próxima reunião da Comissão de Limites de Plataforma Continental da ONU.
(Por Talita Bedinelli, PNUD Brasil, 03/01/2007)
http://www.pnud.org.br/administracao/reportagens/index.php?id01=2494&lay=apu

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -