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2007-01-04
Após 16 anos de uma sangrenta guerra civil, os somalis se encontram numa situação humanitária catastrófica, num país onde as infra-estruturas de saúde foram quase totalmente destruídas. "Na Somália, essas infra-estruturas não existem praticamente, tendo sido quase que totalmente destruídas pela interminável guerra civil", explicou à AFP Osman Dufle, ex-secretário de Estado para a Saúde do governo de transição somali (TFG) e atual vice-presidente do Comitê nacional das emergências sanitárias.

"O ministério da Saúde tem capacidade extremamente limitada para fornecer os cuidados básicos e atender às crescentes necessidades decorrentes da pobreza e das privações, que transformam o país num terreno fértil para a propagação de todos os tipos de doenças", declarou Dufle. De acordo com um relatório do TFG de novembro de 2006 baseado num estudo realizado paralelamente pelo ministério do Saúde e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Somália também é afetada por uma grave carência de funcionários no setor da saúde.

Há apenas "240 médicos, 400 enfermeiras e 100 técnicos de saúde" para uma população de cerca de 10 milhões de pessoas. Na opinião de Dufle, a falta de funcionários qualificados ainda vai se agravar. "Muitos médicos, enfermeiras e outros profissionais da saúde vão se aposentar em breve, e não há ninguém para substituí-los", alertou.

O resultado desta penúria de profissionais e de infra-estrutura é uma situação sanitária catastrófica, com uma proliferação de doenças contagiosas como a tuberculose. "Cerca de 21.000 pessoas contraem a tuberculose a cada ano na Somália, 80% delas integrantes da população ativa (15-44 anos)", diz o relatório.

"A Somália se caracteriza por um nível muito elevado de mortalidade infantil, que atinge 133 de 1.000 recém-nascidos e 225 de 1.000 crianças de menos de cinco anos. Este nível não tem diminuído nos 10 últimos anos", acrescenta o texto, destacando que o país possui "um dos mais altos níveis de mortalidade materna, com 1.600 mulheres mortas para 100.000 nascimentos".

Malária, cólera e diarréias são endêmicas no país. Em se tratando do HIV, poucos dados são disponíveis: a taxa oficial é de 0,9% entre os adultos (15-49 anos). No entanto, o relatório ressalta que este número é amplamente subestimado. Além disso, os riscos de epidemia são agravados pelo fenômeno dos refugiados de guerra - 350.000 em Mogadiscio, segundo Dufle - que vivem em condições sanitárias lamentáveis. Na Somália, menos de 30% da população tem acesso à água potável.

O médico também lembrou que a guerra não é o único problema dos somalis. "Quase um milhão de somalis foram afetados pelas inundações, entre os quais pelo menos 336.000 que foram obrigados a abandonar suas casas" nestes últimos meses. O governo elaborou um programa de emergência para encarar os desafios sanitários. Porém, para aplicá-lo, ele precisa da ajuda internacional. O governo somali já lançou um apelo às agências humanitárias para uma ajuda de emergência. A Somália é um dos países mais pobres do mundo. Estima-se que cerca de 300.000 pessoas tenham morrido por causa da guerra civil, iniciada em 1991.
(AFP, 03/01/2007)
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1328878-EI294,00.html

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