Mais duas pessoas estão contaminadas por polônio em Londres
2007-01-04
Mais duas pessoas apresentaram resultados positivos para contaminação por baixos níveis de
polônio-210, a substância radiativa que matou o ex-espião russo Alexander Litvinenko, disseram
autoridades britânicas na quarta-feira. Agora já são 12 pessoas diagnosticadas com contaminação por polônio na Grã-Bretanha desde a
morte de Litvinenko, em 23 de novembro, em um caso cuja investigação vem abalando as relações
entre Londres e Moscou.
O espião deixou uma carta acusando o Kremlin por sua morte, o que o governo russo negou,
argumentando que Litvinenko, que se tornou um dissidente exilado, era uma figura de baixo
escalão, sem acesso a segredos de Estado. Ao morrer, ele investigava a morte de uma jornalista
russa crítica ao governo de Vladimir Putin.
A Agência de Proteção Sanitária (HPA) disse que um dos novos casos é de um funcionário de
um hotel em Piccadilly, no centro de Londres, onde a polícia havia feito investigações depois
da morte de Litvinenko. O outro era um hóspede que visitou o Pine Bar, do Millenium Hotel, em 1o
de novembro - o mesmo dia e local onde Litvinenko encontrou dois contatos russos, horas antes
de se sentir mal.
A HPA não soube informar se se trata da mesma pessoa citada na semana passada por autoridades da
Holanda, segundo as quais um dos 24 holandeses que haviam se hospedado no Millenium entre 31 de
outubro e 2 de novembro havia apresentado traços de polônio. A agência disse que as 12 pessoas
expostas ao polônio não tinham níveis significativos, capazes de provocar doenças em curto
prazo, e que os riscos em longo prazo são muito pequenos.
A polícia britânica não comenta a investigação sobre a morte de Litvinenko.
(Reuters, 03/01/2007)
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1329215-EI294,00.html