Dejetos de animais no caminho dos pedestres, lixo espalhado pelo chão e monumentos e equipamentos públicos depredados são
parte da paisagem das praças do Centro, flagrando o constante desrespeito à lei.
A prefeitura ampliou as penalidades, em decreto em vigor desde novembro, para tentar coibir esse tipo de atitude, embora o
número de fiscais seja insuficiente para as 540 praças da Capital.
Com base nas novas determinações do município, ZH percorreu algumas das áreas na região central da cidade para mostrar a
situação de cada uma delas. Constatou que os alertas espalhados nas placas das praças não intimidam alguns freqüentadores. E
esse não é o único problema nos espaços que deveriam ser de lazer para as famílias no Centro.
Se não bastasse a degradação, grupos de sem-teto transformaram as praças visitadas em dormitórios permanentes, intimidando a
presença dos moradores do bairro.
As principais multas
R$ 34,43: Usar chafarizes, lagos, bebedouros ou outros corpos de água para tomar banho ou lavar roupas, depositar ou jogar
resíduos fora das lixeiras, conduzir cães sem guia (por animal), não recolher os dejetos dos animais
R$ 172,26: Usar aparelho de som ou alto-falante sem autorização da Smam, distribuir material sem autorização, ter atitudes
que perturbem outros usuários
R$ 516,81: Depredar a sinalização ou qualquer outro bem do patrimônio público, maltratar, danificar ou destruir plantas
R$ 689,07: Poluir as águas
Contraponto
O que diz Luiz Alberto Carvalho Jr., supervisor de Praças, Parques e Arborização da Smam:
As praças têm tratamento adequado. O problema é a sujeira largada. Sobre o morador de rua, não temos força legal para
retirá-los desde que não estejam carregando consigo materiais que obstruam o uso do espaço. São 540 praças, não há
possibilidade de ter um fiscal em cada uma.
(
Zero Hora, 02/01/2006)