Protesto de moradores e ambientalistas argentinos exige saída de fábrica
2007-01-02
As complicações para atravessar a fronteira entre a Argentina e o Uruguai continuaram durante as festas de fim de ano. Ambientalistas e moradores argentinos de Gualeyguachu receberam 2007 em pleno bloqueio da ponte que liga a uruguaia Fray Bentos, onde está sendo construída a planta de celulose da finlandesa Botnia. 'O bloqueio será mantido até que a fábrica seja transferida para outro lugar', salientou Jorge Fritzler, um dos líderes do movimento. O bloqueio da principal ponte que liga Argentina e Uruguai só é levantado em casos de emergência.
Os turistas que querem viajar ao Uruguai são obrigados a percorrer trajeto adicional de 100 quilômetros e atravessar a rodovia entre Colón (Argentina) e Paysandú (Uruguai). Mas o movimento também tem bloqueios programados para essa ponte em diferentes dias e horários. A outra alternativa é a ponte sobre o dique da represa hidrelétrica de Salto Grande. Os manifestantes também passaram o Natal na rodovia 136, que une Gualeyguachu e Fray Bentos, onde receberam familiares e amigos. Alguns ambientalistas defendem a realização hoje de assembléia para decidir se param também o porto de Buenos Aires, de onde partem os barcos para o Uruguai. Se o bloqueio das embarcações for feito, o prejuízo será grande. Diariamente, cerca de 5 mil argentinos viajam para o outro lado do Rio de la Plata.
(Correio do Povo, 02/01/2007)
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