Vietnã proíbe transporte de aves para conter gripe aviária
2006-12-29
As autoridades do Vietnã proibiram o transporte de aves e passaram a controlar as estradas do sul do país para impedir a disseminação do vírus H5N1, da gripe aviária, informaram nesta sexta-feira, 29, fontes oficiais. "Ordenamos o sacrifício das aves nas áreas afetadas e a desinfecção das fazendas, o estabelecimento de controles para conter o transporte de frangos das zonas infectadas e que a vacinação dos animais continue", disse o diretor do departamento veterinário da província de Hau Giang (sul), Nguyen Hien Trung.
A gripe aviária reapareceu no Vietnã há dez dias. Aves mortas foram encontradas em algumas fazendas do sul do país e os exames laboratoriais confirmaram que as mortes foram causadas pelo vírus H5N1. A partir de então, as autoridades do Vietnã ordenaram o sacrifício de aves e a desinfecção das localidades afetadas com o objetivo de conter o vírus o mais rápido possível. Esta medida foi tomada após dezembro de 2003, quando foram verificados casos da doença. A epidemia demorou três anos para ser completamente eliminada e deixou 42 pessoas mortas.
Os responsáveis pela saúde no Vietnã afirmaram que o país estava livre da gripe aviária após um mês sem casos de infecções e depois de várias campanhas de vacinação. No entanto, apesar dos esforços realizados em coordenação com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o H5N1 ressurgiu na última semana em Hau Giang. As províncias de Bac Lieu e Ca Mau - que ficam perto de Ho Chi Minh (antiga Saigon) - já estão contaminadas.
"A possibilidade de o surto se estender mais é muito alta, pois o tempo frio é ideal para o vírus H5N1. Além disso, estamos na estação das migrações de aves na região", disse o veterinário Hoang Van Nam. "Os granjeiros ainda subestimam o perigo da epidemia e, à medida que se aproxima o ano novo lunar, a população local transportará mais aves", acrescentou o especialista. A Grande Festa do Tet, a mais importante do Vietnã, ocorre em 17 de fevereiro.
(EFE, 29/12/2006)
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/dez/29/75.htm