Destruição da camada de ozônio é pior na Antártida
2006-12-27
Um estudo divulgado mostra que o aumento do buraco na camada de ozônio nos últimos 20 anos tem sido pior na Antártida que no Ártico. O processo no sul começou nos anos 70, mas foi mais acentuada nos anos 80 e 90.
Cientistas que realizaram o estudo, ligados ao governo americano, indicaram que havia praticamente uma ausência completa de ozônio em partes da atmosfera antártica depois de 1980, em comparação com anos anteriores. Em algumas altitudes, a redução chegava a 99% no inverno. Em contraste, as perdas de ozônio no Ártico eram esporádicas. Chegavam a 70%.
“A perda no Ártico é muito menor que a perda na Antártida”, disse Robert Portmann, cientista do Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, no Colorado. O ozônio filtra os raios ultravioleta, que provocam câncer de pele e catarata. A camada é destruída por produtos químicos, como o CFC, emitido pelo gás do aerossol e por geladeiras antigas. O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences e se baseou em 40 anos de medições de ozônio.
(AFP, 26/12/2006)
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