Plano para salvar rio Gravataí está parado
2006-12-26
O presidente da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Gravataí, Paulo Müller, apontou na quinta-feira (21/12) que, mesmo com a chegada do verão, não foram operacionalizadas as medidas para combater os problemas crônicos do rio Gravataí. O plano da Bacia, o zoneamento da área de proteção ambiental do Banhado Grande (nascente do rio) e o estudo da vazão das águas continuam sendo planejados. 'Nada foi feito, apesar do meu alerta', disse Müller. Ele teme que, se as medidas não forem adotadas em breve, o Gravataí não possa mais ser utilizado para o abastecimento de água. 'A fiscalização na Bacia do Gravataí é precária', denunciou.
Apesar do nível do rio Gravataí estar 53 cm acima do nível do mar, devido às chuvas dos últimos dias, nos meses quentes o volume das águas costuma atingir estado crítico. Por isso, o presidente da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Gravataí, Paulo Müller, defende a construção de uma retenção para que a água do rio fique armazenada na nascente. 'Como as soluções andam a passo de carreta, só me resta rezar para chover muito no verão', desabafou. Müller alertou ainda para a presença de lavouras de arroz às margens do rio e que podem comprometer o quadro atual se os orizicultores retomarem a prática de captação direta para a irrigação.
(Correio do Povo, 22/12/2006)
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