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2006-12-26
A incidência de radiação ultravioleta tem alcançado níveis alarmantes em Porto Alegre nos últimos meses. Em novembro, os índices oscilaram de 11 a 16 e chegaram a 18 no dia 23 do mês passado. A Organização Mundial da Saúde considera extremos os níveis superiores a 11, situação em que a exposição à radiação solar deixa de ser recomendada. O alerta feito ontem pelo Grupo de Física das Radiações, sediado no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Física da PUCRS, faz referência, principalmente, ao componente B (UV-B). No Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc), os pesquisadores realizam medições diárias do índice ultravioleta desde 2003. Conforme a coordenadora da equipe, Mara Rizzatti, nunca havia ocorrido uma seqüência de valores tão elevados. 'A incidência, em dias de céu limpo, nunca foi tão perigosa na Capital', destacou.

A cientista esclareceu que, em setembro e outubro, houve aumento recorde em superfície e profundidade do buraco na camada de ozônio no hemisfério Sul. 'Todos os países localizados nessa região vão receber muito mais radiação ultravioleta, de alto risco para os seres vivos', enfatizou. Mara salientou que a camada de ozônio bloqueia a passagem da radiação ultravioleta, que, em excesso, é nociva. O Ministério da Saúde orienta que a exposição solar deve ser evitada quando se registra nível 11. Se isso não for possível, a pessoa precisa usar boné ou chapéu, óculos que bloqueiem de 99% a 100% o UV e ainda filtro solar com proteção maior do que 15.
(Correio do Povo, 22/12/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp

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