Vistoria feita pelo IBAMA/RS nos clubes náuticos localizados na Zona Sul de Porto Alegre nos dias 20 e 21/12 revela um cenário semelhante ao encontrado nos clubes próximos à BR-116 e nas ilhas do Guaíba,ou seja, a presença do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) na maior parte dos barcos que se encontram na água. A exceção fica por conta dos barcos vistoriados no Veleiros do Sul, (que possui a maioria das 290 embarcações na água) e no Clube Jangadeiros,(com 360 embarcações) que não apresentavam vestígios do mexilhão-dourado. Nestes dois clubes é feito um trabalho contínuo de manutenção dos barcos por marinheiros. A equipe (uma das três que realizou vistorias em pontos diferentes da Região Metropolitana) visitou sete clubes: Jangadeiro; Fever; Veleiros do Sul; Guaíba; Sava; Belém Novo e Itapuã, num total de 51 embarcações. Nos clubes Fever e Sava, os responsáveis não se encontravam e foram deixadas notificações. Eles deverão comparecer ao IBAMA.

Segundo a consultora Daniela Gelain, muitos clubes demonstraram interesse de que os técnicos do IBAMA realizem palestras a respeito do mexilhão, para se informarem mais sobre o tema. Durante as vistorias são distribuídas cartilhas com informações sobre os problemas ocasionados pela espécie exótica invasora (EEI), além de procedimentos para evitar sua dispersão através de embarcações de pequeno porte, e legislação aplicável. Estas atividades são uma parceria do IBAMA com a Capitania dos Portos e Secretaria Estadual de Meio Ambiente, com o objetivo de minimizar os impactos e o avanço do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei).

O IBAMA também está disponibilizando equipe capacitada para palestra sobre o assunto a ser agendada conforme disposição das instituições envolvidas. Maiores informações através do telefone (51) 3227-2349.
(Por Maria Helena Annes, Ibama/RS, 22/12/2006)