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2006-12-21
Mais de 200 pessoas compareceram na última terça-feira (19/12), ao show “Música pelo Verde”, em apoio à preservação do conjunto de árvores nativas e de grande porte, localizadas na Rua Dario Pederneiras, 140, bairro Petrópolis, que corre o risco de desaparecer com a construção no local de duas torres com 12 andares cada uma.

A iniciativa foi da Comissão do Verde da Dario Pederneiras e Arredores e do Movimento Petrópolis Vive e contou com a participação voluntária da dama do jazz, Ivone Pacheco, que mora em frente ao terreno, e das bandas Ultramen, Nonsense e Nyahbinghi. O show “Música pelo Verde” aconteceu na rua em frente ao terreno, de forma pacífica, com vários cartazes, faixas como “A comunidade ferida chora a morte dos jardins de Petrópolis. Ame seu bairro e diga não ao espigão”, além de uma escada para que as pessoas pudessem olhar o local, que foi isolado por um muro.

Todos os presentes apoiaram o abaixo-assinado que será entregue ao Ministério Público, que acompanha as negociações entre a Comissão, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) e o novo proprietário da área. No próximo dia 26 de dezembro, ocorrerá audiência entre as partes no Ministério Público.

O terreno, segundo laudo da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, é a última zona verde existente entre o Parque Farroupilha (Redenção) e o Jardim Botânico.

O local abrigava uma residência construída há 70 anos, que foi derrubada pelo novo comprador (cujo nome ninguém da comunidade soube informar porque a cópia do processo na Smam não foi entregue à Comissão do Verde). Atualmente, o terreno está isolado do restante da rua, por um muro de, aproximadamente, dois metros de altura. Dentro da área estão mais de 70 árvores que abrigam pássaros. “A proposta do novo proprietário do terreno é que apenas algumas árvores fiquem e as restantes sejam retiradas”, informou a integrante da Comissão do Verde da Dario Pederneiras e Arredores e do Movimento Petrópolis Vive, Janete Viccari Barbosa.

Entre as árvores identificadas no terreno, 30 delas são nativas e de grande porte. As espécies já identificadas são Camboatá, Jal-Jal, Cinamomo, Pitangueira, Figueira Exótica e Nativa, Guapuruvu, Cerejeira, Pata de Vaca e Jacarandá. As aves identificados são Anu Branco, Rolinha Roxa, Andorinha, João-de-Barro, Bem-te-vi, Sabiá, Laranjeira, Corruíra, Sanhaçú Cinzento e Papa-Laranja, Pardal e Pica-pau.

“A Smam, a partir de conversa com novo proprietário do terreno, propôs aos moradores que apontem onde deve ser feito o plantio compensatório de 168 mudas. Mas a comunidade acha que esta medida é muito desproporcional, pois o conjunto de árvores nativas e maciças abriga muitas aves e não dá para substituir por mudas distribuídas em outros lugares”, informou Janete.

Além disso, segundo ela, mudas não protegem passarinhos, não abrigam ninhos e nem fornecem alimentos para os animais. “É muito preocupante esta situação, porque a própria Smam, nos seus levantamentos e estatísticas, aponta que as novas mudas duram, em média, três anos, e sobrevivem apenas 25% “, complementa Janete.

Os integrantes da Comissão do Verde da Dario Pederneiras e Arredores procuraram o Ministério Público e manifestaram a preocupação com a destruição de muitas árvores nativas na Dario Pederneiras, devido a inúmeros prédios construídos a partir de 2000, logo depois da entrada em vigor o novo Plano Diretor.

No próximo dia 26 de dezembro, terça-feira, ocorrerá audiência no Ministério Público, onde estarão presentes o novo proprietário do terreno, integrantes da Comissão do Verde da Dario Pederneiras e Arredores e de representantes da Smam. “O nosso objetivo é chegar a um acordo em que o máximo de árvores nativas sejam preservadas no local”, adiantou Janete.

A Ecoagência procurou a Smam para saber a posição oficial da secretaria neste caso, mas foi informado apenas que o secretário Beto Moesch não poderia falar por se encontrar numa reunião que iria demorar a acabar.
(Ecoagência, 20/12/2006)

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