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2006-12-21
As luzes de Natal do centro de Londres, que iluminam as grandes avenidas da capital inglesa, foram este ano postas em causa por ambientalistas preocupados com o desperdício de energia. Apesar de serem uma tradição antiga, que remonta a 1959, as iluminações em Londres são também cada vez maiores e implicam um gasto de energia que se crê ser superior ao de qualquer outra capital europeia.

As críticas dos ambientalistas centram-se no facto de a empresa responsável por montar as iluminações, que representa os comerciantes do centro da cidade, ter este ano optado por deixar as luzes a funcionar durante um período maior, entre 9 de Novembro e 6 de Janeiro. Contrariando as críticas já apontadas em anos anteriores, a mesma companhia, a New West End, decidiu também deixar que as decorações ficassem acesas durante as 24 horas do dia, pelo menos em alguns dos locais mais movimentados da cidade.

Este ano, a contestação dos ambientalistas foi acolhida por um vereador da câmara de Londres, que abriu guerra à decisão dos comerciantes, chamando-lhes «irresponsáveis», e conseguiu que o caso fosse amplamente discutido na cidade. Mike Tuffrey, o líder do partido Liberal Democrata em Londres, assumiu a causa, garantindo que a electricidade usada durante estes dias «implicará a libertação de 43 toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera».

«Para anular o efeito que estas luzes provocam no meio ambiente, necessitamos da vida de 215 árvores durante 100 anos», disse o político, que foi citado por todos os jornais locais e mereceu vários comentários de apoio. A companhia New Est End já antecipava este debate e por isso, antes mesmo de as iluminações terem sido montadas, anunciou que as lâmpadas utilizadas nas decorações deste ano são 40% mais económicas.

«A verdade é que as iluminações ocupam uma extensão cada vez maior e ficam ligadas cada vez mais tempo», contestou o político, que sugeriu à empresa, para minimizar os efeitos da acção, doar dinheiro a uma campanha de reflorestação. Tuffrey também disse que a única forma de estas empresas poderem continuar a montar sistemas eléctricos tão caros no futuro passa por recorrerem a outras formas de energia.

«Como estas luzes são recreativas, as empresas que as usam têm a obrigação de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para usar fontes de energia renovável ou então, se usarem energia tradicional, têm de imediatamente redimir o meio ambiente pelo que estão a gastar. Caso contrário terão de enfrentar o público e os políticos», acrescentou.

O alegado excesso de electricidade gasto nas decorações natalícias de Londres é há muito contestado pelos ambientalistas, mas o facto de estas decorações serem um ponto de atracção para os cerca de 40 milhões de turistas que visitam a cidade nesta altura do ano fez com que os protestos nunca tivessem consequência política.

Junto da opinião pública, as críticas também esbarraram sempre na empatia dos londrinos com a festa de inauguração das iluminações, que todos os anos traz até Oxford Street, a mais conhecida rua de Londres, vários nomes conhecidos da música britânica.

Este ano, no entanto, todas essas resistências parecem ter desaparecido e o caso passou rapidamente do âmbito local para as páginas dos jornais nacionais e, finalmente, para dezenas de fóruns de Internet, onde até se chegaram a organizar campanhas de boicote às lojas que promoveram as iluminações de Natal.

No plano mais oficial, o próprio Fundo para a Poupança de Energia, uma organização financiada pelo governo britânico, disse num comunicado que «os comerciantes de Oxford Street deviam dar o exemplo», criticando abertamente a decisão de aumentar os custos de electricidade com as luzes natalícias.
(Lusa, 20/12/2006)
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=114&id_news=255081

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