Praias lutam para ter selo de qualidade
2006-12-20
Dez praias brasileiras poderão ganhar, já no ano que vem, o certificado internacional Bandeira Azul. Novo no Brasil, o selo da ONG dinamarquesa Foundation for Environmental Education (FEE) é reconhecido em todo o mundo por selecionar praias com boa infra-estrutura turística e qualidade ambiental.
Foram indicadas para o processo de certificação a praia paulista do Tombo, no Guarujá; a fluminense Prainha, no Rio; as baianas Tiririca, em Itacaré, Penha, em Vera Cruz, e do Forte, em Mata de São João; as capixabas Ilha do Boi (Grande), em Vitória, e Castelhanos, em Anchieta, e as catarinenses Jurerê Internacional, Santinho e Mole, em Florianópolis.
Enquanto no Brasil o certificado ainda é pouco conhecido, em outros países é referência para o turismo. 'As agências de viagem procuram praias com o selo para indicá-las aos turistas', explica a coordenadora do Bandeira Azul no Brasil, Marinez Scherer, presidente do Instituto Ambiental Ratones.
No total, 29 critérios devem ser seguidos para que o lugar receba a certificação. Em muitas das praias brasileiras, por exemplo, melhorias na estrutura de banheiros, de tratamento de esgoto, de acessibilidade ou de zoneamento são necessárias. Essas mudanças devem estar prontas em até dois anos.
Atualmente, o programa Bandeira Azul conta com praias e marinas certificadas em 36 países, em lugares tão distintos quanto a República Dominicana e a Eslovênia. Na América do Sul, o Chile tem uma praia piloto. O país campeão no número de praias, porém, é, de longe, a Espanha, com 480 balneários.
Seleção
O processo para escolher as praias pilotos no Brasil começou em 2005, quando ONGs indicaram locais com potencial. Todas foram avaliadas e receberam uma lista com as mudanças a serem feitas para conseguir o selo.
(Por Camila Anauate e Silvia Campos, O Estado de S. Paulo, 19/12/2006)
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