Brasil e Bolívia vão avaliar juntos impacto de hidrelétricas no Rio Madeira
2006-12-19
Os ministros de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, e da Bolívia, David Choquehuanca, afirmaram ontem (18/12) que serão retomadas as atividades do grupo de trabalho que trata do aproveitamento racional do Rio Madeira.
O governo brasileiro propõe a construção de duas hidrelétricas na parte brasileira do rio, com capacidade de cerca de 6,4 mil MW, além de obras para formar uma hidrovia entre os rios Madeira e o Madre de Diós, na Bolívia.
Segundo o ministro Celso Amorim o grupo de trabalho irá avaliar os impactos ambientais que a construção das hidrelétricas do Rio Madeira poderá trazer para Brasil e Bolívia. “Teremos uma reunião desse grupo até o dia 15 de janeiro, ou até antes. Nessa reunião faremos aos bolivianos uma apresentação detalhada sobre o projeto”, disse.
Amorim também afirmou que o Brasil se comprometeu a passar todas as informações sobre a construção das hidrelétricas para o país vizinho.
Para o chanceler boliviano, é fundamental o cuidado com o rio madeira e com o meio ambiente. “O grupo de trabalho irá fazer todos os estudos necessários porque não queremos atentar contra o meio ambiente nem prejudicar o rio”, afirmou.
O complexo do Rio Madeira, formado pelas usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, já tem o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O passo seguinte é a concessão de licença prévia pelo Ibama.
(Por Roberta Lopes, Agência Brasil, 18/12/2006)
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2006/12/18/materia.2006-12-18.0294821477/view