Um susto. A população parou em frente ao Rio Caí, sábado de manhã (16/12), ao ver um barco cargueiro que pertence à empresa Areia São José afundando. A embarcação estava presa na encosta do Rio Caí, em frente ao Cais do Porto, e estava carregada com 50 metros cúbicos de areia, que seriam retirados no domingo.

Como o rio baixou de forma surpreendente, mais do que o natural, o barco bateu em algum objeto ou mesmo na encosta e virou. Ao voltar para superfície, ele estava cheio de água. Pela manhã, um guindaste começou a retirar a carga para evitar que o barco afundasse por completo.

Ainda na madrugada de domingo, o barco emergiu. Segundo João Pedro Isse, não houve uma perda significativa em relação ao produto. O naufrágio foi evitado a tempo.

Apesar do sucesso da operação de salvamento, uma mancha de óleo se formou no Rio, o que preocupou os ambientalistas. "A mancha não era larga nem profunda, mas sempre causa dano ao meio ambiente", salienta o diretor municipal do Meio Ambiente, André Venân-cio. Para controlar o derramamento,

Venâncio entrou em contato com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). "Assim, conseguimos com o Grupo de resgate dos bombeiros de Porto Alegre, bóias de contensão, que foram colocadas no rio para que a mancha não se espalhasse", explica. Como esse serviço chegou mais tarde, a mancha se estendeu até o Morro Montenegro.

De acordo com Venâncio, houve crime ambiental de pequeno porte, mas a empresa se comprometeu a reverter o dano causado à natureza. Para retirar o material da água, serão colocadas bombas de sucção para aspiração do óleo. "A mancha está contida graças à ajuda da comunidade e do Corpo de Bombeiros, que colocaram as bóias de contensão no rio. A gente deve se preocupar, mesmo que essa seja uma mancha pequena, mas não deixa de ser crime ambiental. Por isso, estamos tomando todas as providências", ressalta. Não foi constatada morte de peixes no local.
(Por Juliana Campos Chaves, Jornal Ibiá, 19/12/2006)
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