A Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul (Fepam) ainda não conseguiu
retirar os peixes mortos no Rio dos Sinos, entre os municípios de São Leopoldo e Sapucaia
do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre. O forte calor que atinge o Estado elevou
domingo (17/12) a temperatura da água para 34º C, acelerando o processo de decomposição
das quase 15 toneladas de animais encontrados no sábado, próximo ao local onde ocorreu o
primeiro desastre ambiental no início de outubro, que matou 86 toneladas de peixes.
“Com o temporal na madrugada, a ventania mudou o curso do rio do Sul para o Norte, levando
os peixes mortos, que estavam na zona de contenção, novamente para o Arroio Portão”,
explicou o biólogo da Fepam André Luiz da Silva Milanês, que chefia a equipe do Serviço
de Emergência Ambiental no local. Segundo ele, a Fepam vai instalar hoje um gerador, que
injeta oxigênio puro, para oxigenar a água do rio que, em alguns pontos, está com o nível
mais de um metro abaixo do normal.
Milanês informou que o nível de oxigênio será monitorado diariamente pela Fundação e pelo
Comando Ambiental da Policia Militar do Rio Grande do Sul. Hoje, ambientalistas vão
tentar
retirar os peixes mortos do Rio do Sinos.
(
Gazeta do Sul, 19/12/2006)