A estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) assumirá, no dia 1º de janeiro de 2007, o monopólio da comercialização dos hidrocarbonetos. O anúncio foi feito pelo ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, que acrescentou que o governo eliminará a superintendência do setor.

Segundo noticiou a Agência Boliviana de Informação (ABI), Villegas afirmou, em entrevista coletiva no Palácio Quemado, que "nós vamos participar de todo o processo de comercialização que é de monopólio absoluto da YPFB a partir do dia 1º do próximo ano. Para isso temos que deixar as condições claras. Estamos trabalhando para que a YPFB tenha, permanentemente, os hidrocarbonetos para entregar aos mercados energéticos".

Villegas adiantou que como a Bolívia é dona dos hidrocarbonetos e as companhias transnacionais são operadoras na exploração e produção, é necessário definir regras claras para que as empresas entreguem os recursos necessários para abastecer o mercado interno e cumprir com os compromissos assumidas com os mercados externos da Argentina e Brasil, e para os projetos de industrialização.

Também falou que as petroleiras estrangeiras deverão confirmar ao governo qual a quantidade de gás natural vão ceder para o envio dos energéticos aos mercados externos e internos.

O processo de reestruturação do setor de hidrocarbonetos será aplicado nas primeiras semanas de 2007. As mudanças profundas serão aplicadas na pasta do Estado que dirige, na YPFB e na Superintendência de Hidrocarbonetos.

Villegas precisou que o objetivo é que o Ministério de Hidrocarbonetos assuma a função de desenhar políticas e planificar uma estratégia energética da Bolívia. "Queremos ter uma visão integral do setor, de tal maneira que como objetivo central, como filosofia principal, o Ministério tem que fazer o desenho das políticas e a planificação energética", disse.

O ministro afirmou que com a estruturação haverá mais unidade na supervisão e a regulamentação será feita de forma integral. Todavia, o nome da pasta que vai substituir a superintendência ainda não foi definido.
(Adital, 18/12/2006)