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2006-12-19
De longe, a operação Andrill surge do nada, como se fosse uma miragem: uma torre branca erguida em meio a contêineres azuis, no meio do mar congelado. Mas essa gigantesca operação de perfuração através do gelo, do oceano e do passado é tão real quanto um laboratório de ciências, e tão eficiente quanto uma plataforma de petróleo: perfuradores e cientistas trabalham de forma coordenada para encontrar pistas sobre uma época em que a Antártida era quente e úmida.

Como estão convencidos de que o mundo, devido às mudanças atmosféricas provocadas pelo homem, caminha para ter um clima mais quente, os pesquisadores desejam saber como eram as coisas 10 milhões de anos atrás, quando períodos de temperaturas mais altas tendiam a ganhar e perder força no continente do sul.

A fim de fazer isso, eles examinam amostras de um material cinza esverdeado, que se parece com excremento solidificado e que é tirado do leito do mar, camada após camada. As amostras do sedimento aparecem na plataforma em cilindros de cerca de 9 metros de comprimento, dentro de canos de aço.

A grande perfuratriz, que sobe 20 metros acima da superfície de gelo, fica envolvida por uma tenda, para se preservar a uma temperatura de cerca de 10º C ou superior, o que permite o funcionamento dos sistemas hidráulicos. Os cientistas começam analisando as amostras logo que elas saem do subterrâneo, trabalhando em laboratórios montados dentro de contêineres do tamanho de caminhões.

Frank Niessen, um geólogo do Instituto Alfred Wegener para Pesquisa Polar e Marinha, com sede em Bremerhaven, Alemanha, estuda o material em busca de sinais de vida marinha, o que indicaria a presença de mar aberto onde hoje existe uma camada de gelo com 85 metros de espessura.

Por volta de 4 milhões de anos atrás, segundo Niessen, há indícios de que a Antártida foi palco de cinco períodos de aquecimento. Recentemente, os cientistas encontraram um material cheio de algas microscópicas chamadas diatomas. O sedimento era tão rico em esqueletos dessas pequenas algas que eles o batizaram de diatomita.

Em outros locais, o material apresentou pedras que devem ter sido levadas para o mar por geleiras, o que indicaria a ocorrência de períodos com temperaturas mais baixas, afirmou Niessen. Chuva de pedras - Os períodos de transição entre as épocas quente e fria são os mais interessantes, disse.

Apontando para um gráfico pendurado na parede de seu escritório, o cientista mostrou quatro picos indicando um aumento na densidade do material, o que significaria a presença de uma grande quantidade de pedras no sedimento. "Para mim, isso se parece com uma chuva de pedras vinda de um sedimento de gelo que se derrete", afirmou, observando ser esse o primeiro sinal de que as temperaturas vão subir e de que as diatomas estão prestes a ressurgir.

"Acho que isso aconteceu algumas vezes no passado" e isso sugere que, em algum momento, a plataforma de gelo fará o mesmo novamente, disse o cientista. "Com o aquecimento global, devemos regressar a esse tipo de cenário, que é totalmente diferente do que temos hoje." Andrill é a sigla, em inglês, para perfuração geológica na Antártida. Participam da operação quatro países: Alemanha, Itália, Nova Zelândia e EUA.
(Reuters, 18/12/2006)
http://www.ambientebrasil.com.br/rss/ler.php?id=28457

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