O local foi apropriado, o Jardim Botânico, em Porto Alegre (RS), onde aconteceu, sexta-feira (15/12), a formatura de 31 novos soldados do Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM). Eles são os primeiros que tiveram formação ambiental específica, desde seu ingresso na corporação, recentemente, e começam na próxima semana a atuar em todo Estado na preservação e fiscalização do meio ambiente, a partir dos três Batalhões do comando, localizados em Passo Fundo, Santa Maria e Xangri-lá.

Anteriormente, eram preparados soldados já em atividade na Brigada Militar, que passavam por uma especialização de 100 horas-aula. Estes foram selecionados entre os aprovados no último concurso e estão ingressando na BM diretamente no Comando Ambiental. Eles passaram por um curso de 400 horas-aula com várias disciplinas da área, como Direito Ambiental, e estão muito bem preparados para esse trabalho, afirmou à Ecoagência o coronel Juarez Fernandes de Souza, comandante do CABM.

Segundo ele, essa formação é um grande diferencial do Comando Ambiental do RS, sendo que só existe um outro comando no país, em São Paulo. “Nem mesmo o Amazonas possui comando ambiental”, destacou. O CABM gaúcho foi criado há um ano e meio e possui atribuições mais amplas que os batalhões ambientais. Enquanto estes têm tarefas apenas de execução de operações, o CABM desenvolve a política, a gestão e estratégias de meio ambiente. E faz a execução operacional, que inclui o policiamento ambiental em todo o território gaúcho, o atendimento de denúncias, o cumprimento de mandados judiciais e a educação ambiental.

Neste aspecto, o comando fará, durante o verão, cursos de formação de Patrulheiro Mirim Ambiental em 16 municípios do litoral, com o objetivo de alcançar 1.500 crianças na faixa dos seis aos doze anos. “Por questão estratégica”, o coronel Souza não revela o efetivo total do CABM, diz apenas que o número “é suficiente mas não é o ideal”, ainda. Mais 35 soldados serão formados pelo comando em março do próximo ano e ele acredita que outros 40 a 45 concursados deverão ser chamados ainda em 2007 pelo próximo governo.

Os novos soldados vão atuar em suas regiões de origem, porque isso facilita a sua adaptação, explica Soares. A faixa etária, na média de 22 anos, com a disposição de quem está começando na nova profissão, aliada ao conhecimento recebido, também soma para que tenham mais eficiência, acredita o comandante.
(Ecoagência, 15/12/2006)
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