Plano de irrigação será prioridade no governo Yeda
2006-12-18
Tornar o programa de irrigação uma prioridade do plano de governo de Yeda Crusius é meta do futuro secretário da Agricultura, Jerônimo Goergen. Indicado na sexta-feira (15/12) ao cargo, informou que destinará também atenção especial à defesa sanitária. Goergen já foi assessor do ex-ministro da Agricultura Marcus Vinicius Pratini de Moraes, presidente da Comissão de Agricultura, da Assembléia Legislativa (AL), presidente da CPI das Carnes e criador e coordenador da Frenteagro.
Reeleito deputado em 2006, Goergen salientou que manterá os posicionamentos que defendia na AL. Mas se mostrou cauteloso. Disse que não vai impor a aplicação da Lei 12.427, de sua autoria, que exige análise de cargas de grãos vindos do Mercosul. 'Não posso colocar o Exército na fronteira, para fazer valer a lei. Mas é um absurdo que não tenhamos uma balança para pesar a carga.' Acrescentou que buscará articular ações para o controle de fronteira. 'Hoje, quem paga a conta da desorganização é o produtor', disse.A modernização da Secretaria da Agricultura e a área de florestas também são prioridades.
O novo secretário encontrará dificuldades financeiras, mas o trabalho deve ser facilitado pelo bom trânsito entre os segmentos produtivos. Antes mesmo de sua indicação, já negociava agenda com a Fetag. Elton Weber, que assume a presidência da federação em 2007, informou que o encontro deve acontecer na próxima semana. 'Jerônimo é uma pessoa jovem, que quer acertar e fazer um trabalho bom para agricultura.'
Mesmo suspeito para falar sobre Goergen, já que são parentes, o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, frisou que espera pela implementação da Lei 12.427.
Para o presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, a característica receptividade de Goergen será importante. 'Acho que vai ser um bom secretário pela estreita ligação com o agronegócio', disse Polidoro. Representando 64 cooperativas agropecuárias, a Fecoagro espera prioridade para a isenção do ICMS na venda de trigo in natura para outros estados, hoje de 11%.O diretor-executivo do Sicadergs, Zilmar Moussalle, apontou a participação fundamental de Goergen na redução do abate clandestino no Estado, a partir da CPI das Carnes. O Sicadergs espera por uma audiência com ele até 10 de janeiro.
(Por Elton Weber, Correio do Povo, 16/12/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp