Pesquisa mostra que território marinho brasileiro é praticamente inexplorado
2006-12-18
O Brasil tem um território marinho de aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros quadrados que é praticamente inexplorado em relação a sua potencialidade, aponta o estudo Mar e Zona Costeira Brasileiros.
O levantamento foi feito a pedido do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República. Os primeiros resultados foram divulgados na sexta-feira (15/12).
"Esse é um estudo de médio e longo prazo que aborda questões relevantes com referência ao mar brasileiro, cuja área e cujas riquezas são comparáveis, em tamanho e quantidade, à própria Amazônia", diz Antônio José Teixeira, gerente de Projetos Ligados ao Mar e Antártida, do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Segundo ele, a idéia é tentar identificar quais são as prioridades que o Brasil deve dar às atividades marítimas. “É um estudo preliminar, mas podemos apontar algumas áreas como prioridades: mineração, bioprospecção, biotecnologia. Também podemos orientar as atividades já realizadas nas áreas de pesca, ciência e tecnologia, tecnologia inovadora para o estudo e exploração do mar".
Para o secretário-executivo do NAE, Raul Sturari, o levantamento ajudará na formulação de leis e ações relacionadas ao mar. "Esse estudo deve ficar pronto até o primeiro semestre de 2007. Ele vai subsidiar decisões do mais alto nível para que elas possam influenciar já a elaboração do próximo plano plurianual".
A pesquisa mostra, entre outros aspectos, que no litoral brasileiro ocorrem todos os principais ecossistemas costeiros: praias arenosas, costões rochosos, manguezais, lagoas costeiras, recifes de algas calcáreas, recifes de corais endêmicos, ilhas e bancos oceânicos.
O estudo também constata que o Brasil tem o único atol do Atlântico Sul, que pode ser explorado de forma sustentável pela indústria do turismo, da mineração e por laboratórios farmacêuticos.
(Por Roberta Lopes, Agência Brasil, 16/12/2006)
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2006/12/15/materia.2006-12-15.3261665205/view