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2006-12-18
Repercutiu de Vitória a Porto Alegre a entrevista do jornalista Geraldo Hasse ao site Século Diário, do Espírito Santo, sobre seu livro "Eucalipto, Histórias de um Imigrante Vegetal", lançado há pouco pela JA Editores.

A entrevista foi publicada no último dia 10/12 (leia a íntegra abaixo). Tanto no Espírito Santo quanto no Rio Grande do Sul, ambientalistas e defensores do eucalipto vêm demonstrando dificuldade para compreender a opinião do jornalista, para quem “os dois lados têm razão, cabe aos órgãos ambientais arbitrar o conflito”.

O livro, com 128 páginas, sintetiza a trajetória brasileira da árvore australiana, situada hoje no centro de uma polêmica ecológica que alcançou dimensões judiciais no Espírito Santo (desde os anos 1980) e no Rio Grande do Sul - a partir de março de 2006, quando um grupo de ativistas depredou instalações da Aracruz Celulose em Barra do Ribeiro, nos arredores de Guaíba, onde a empresa mantém uma fábrica de celulose e deseja construir outra três vezes maior.

Autor de outros livros sobre agricultura, Hasse é gaúcho e viveu no Espírito Santo na década de 1990. Pesquisa o imigrante vegetal australiano há mais de 20 anos. Em seu livro, além de narrar a origem do conflito na terra capixaba, fala de pioneiros da eucaliptocultura no Rio Grande do Sul, como Assis Brasil, em Bagé e Alegrete; Pedro Osório, em Pelotas; e Dorval Azevedo da Silveira, no Litoral Norte.

Também destaca a experiência de empresários e técnicos gaúchos que fizeram grandes plantios madeireiros nas últimas quatro décadas. “Os agricultores gaúchos, desde o final do século XIX, vêm usando o eucalipto com sabedoria”, afirma o jornalista, citando o exemplo da CEEE, que a emprega como poste. Ele acredita que os proprietários rurais do Rio Grande do Sul estão numa encruzilhada: “Não é porque surgiram três grandes projetos de fabricação de celulose que eles vão esquecer tudo o que aprenderam, mas de qualquer maneira é preciso botar ordem no terreiro, e isso está sendo feito pelo zoneamento para a silvicultura”.

A seguir, a entrevista ao site do Século Diário, crítico sistemático da Aracruz e defensor dos índios, quilombolas e pequenos agricultores.

"Os governos são irresponsáveis e os órgãos ambientais, fracos"
Por Cristina Moura

Século Diário: Conte-nos como foi a sua pesquisa em torno do eucalipto. Por que o tema lhe interessou tanto?
Geraldo Hasse: Gosto muito de árvores e sempre me interessei por suas origens, sua evolução. Mas o assunto caiu na minha mão por acaso. Ou por destino. Em 1986 me convidaram para escrever um livro sobre a história da laranja no Brasil. Pesquisei por mais de um ano. Viajei 25 mil quilômetros pelo interior de São Paulo atrás de estórias e personagens. Um dos achados da pesquisa foi que o boom da citricultura paulista, nos anos 1930, havia sido liderado por um agrônomo chamado Edmundo Navarro de Andrade, um paulista que havia estudado em Coimbra, Portugal. E sabe o que ele tinha feito no início do século XX, logo depois de se formar? Tinha iniciado o plantio maciço do eucalipto no Brasil. Fez isso para a Companhia Paulista de Estradas de Ferro, a maior ferrovia brasileira na época.

SD:Quer dizer que esse Edmundo lhe rendeu dois livros?
Hasse: Por enquanto! Ele morreu em 1941, mas ficou como uma referência para os engenheiros florestais. Se falo dele é para lembrar que, na história da evolução de cada planta, sempre se encontram bons personagens, ricos em contradições. Navarro de Andrade encarou a implantação do eucalipto no Brasil como uma missão técnico-científica. Teve sucesso. Outras ferrovias imitaram a Paulista. Mas, depois de alguns anos, principalmente nas ferrovias mais eficientes, em São Paulo, o transporte de lenha para auto-abastecimento chegava a monopolizar um terço da capacidade de carga dos vagões, pois era preciso armazenar lenha em pontos estratégicos ao longo das linhas. Como solução para esse problema, algumas empresas começaram a investir na eletrificação de suas máquinas e linhas. O eucalipto já era usado como poste, dormente e para fazer carvão para siderurgia, mas Navarro ficou preocupado com a provável sobra de eucalipto e passou uma temporada nos Estados Unidos fazendo testes para usá-lo na fabricação de papel. Provou que isso era possível, mas sua descoberta foi ignorada. Também ninguém ligou para outra de suas experiências, aquela em que ele demonstrou a aptidão do eucalipto para a indústria do mobiliário. Em Rio Claro, no interior paulista, existe o Museu do Eucalipto, que pouca gente conhece. Todos os móveis de lá, e são muitos e imensos, foram feitos de eucalipto há mais de 80 anos sob orientação do Navarro de Andrade. Somente nos últimos dez anos os brasileiros começaram a fazer móveis de eucalipto para exportação. Para a fabricação de celulose, o eucalipto só começou a ser usado por volta de 1960, por iniciativa da Suzano, de São Paulo.

SD:Quem são os personagens principais da história do eucalipto no Espírito Santo?
Hasse: Não tive tempo para pesquisar mais a fundo, mas tudo indica que o plantio maciço de eucalipto no Espírito Santo foi iniciado na década de 40 pela Companhia Ferro e Aço de Vitória, a Cofavi. Ela plantou para ter um suprimento próprio de carvão, mas nunca chegou a explorar direito seus eucaliptais. A Cofavi era uma siderúrgica capenga que acabou sob controle do Banco do Brasil. Na década de 60, quando surgiu a legislação dos incentivos fiscais ao reflorestamento, os eucaliptos da Cofavi se tornaram o primeiro ativo da Aracruz Florestal, que havia sido constituída para exportar cavaco de madeira para o Japão. Foi só depois de alguns anos que os sócios da Aracruz resolveram montar uma fábrica de celulose. E aí entram outros personagens. Um deles é Eliezer Batista, que liderou a Vale do Rio Doce durante um largo período. A Vale plantou muito eucalipto nos anos 1950 para ter dormentes para a Estrada de Ferro Vitória a Minas. E também para sustentar a Cenibra e outros projetos florestais. Foi Eliezer que atraiu para o Espírito Santo o imigrante norueguês Erling Lorentzen, um dos fundadores da Aracruz. Parece que os dois são amigos desde os anos 50. O fato é que são vizinhos na Pedra Azul. Mas quem mais contribuiu para difundir o eucalipto no Brasil nas últimas décadas foi o engenheiro Antonio Dias Leite. Carioca para variar, no início da década de 50 ele trabalhou na construção da usina hidrelétrica Suissa, na montanha capixaba. Foi quando ele conheceu as experiências de reflorestamento da Cofavi e da Vale do Rio Doce. Em 1966, coube a ele rascunhar a lei dos incentivos fiscais ao reflorestamento, a pedido do ministro da Fazenda, Gouveia de Bulhões, que havia sido seu professor. Com a faca e o queijo na mão, Dias Leite criou a Aracruz Florestal para atender amigos e clientes dispostos a investir parte do Imposto de Renda no que parecia ser um bom negócio. Naquela época, o eucalipto ocupava 400 mil hectares no País, principalmente em São Paulo. Hoje ocupa 4 milhões de hectares. E a produtividade é três vezes maior, graças às pesquisas de diversos engenheiros agrônomos e florestais como Edgard Campinhos Jr., outro grande personagem dessa história. Campinhos chefiou a equipe que criou o eucalipto híbrido urograndis, especialmente desenvolvido para produzir celulose. Quer mais personagens? Anthero Bragatto, da Ceima, produtor de postes na Serra. Renato Moraes de Jesus, gerente florestal da reserva da Vale em Linhares. Na realidade, o eucalipto representa uma fração menor da cultura madeireira do Espírito Santo. Uma cultura monumental que está se perdendo.

SD: Seu livro afirma que a memória madeireira foi escamoteada pelos historiadores brasileiros.
Hasse: E não é verdade? Os ciclos madeireiros foram pouco estudados, por isso não constam dos livros de história econômica. Uma das razões disso é que a exploração florestal sempre foi meio clandestina, geralmente associada à ocupação irregular de terras. Boa parte dos madeireiros nunca gostou de contabilidade nem de publicidade. Rainor Greco, o capixaba que ficou famoso por exportar mais da metade do jacarandá do Brasil, foi uma rara exceção. Ele era vaidoso e entregou o ouro para o Rogério Medeiros, que percebeu o potencial do Greco como personagem. Isso, no alvorecer do ambientalismo, no início dos anos 1970. A colonização no Brasil e no mundo confunde-se com derrubada e queimada. O machado abriu caminho para a enxada, como a motosserra precede o trator. A etimologia da palavra "capixaba" está aí para confirmar o que estou dizendo.

SD: A história do eucalipto se passa principalmente nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Espírito Santo?
Hasse: O Estado que mais cultiva o eucalipto atualmente é Minas, por causa da siderurgia. Mas foi no Rio Grande do Sul, em São Paulo e no Espírito Santo que mais convivi com pessoas envolvidas com essa árvore. Nasci no interior do Rio Grande do Sul, numa região de campo, onde se cultiva o arroz irrigado. Nos anos 1950/60 muitas bombas de irrigação eram tocadas por máquinas a vapor, as locomóveis, também muito empregadas em serrarias e engenhos de secagem de grãos. Hoje tudo isso é acionado por motores elétricos, mas naquela época não havia muita disponibilidade de energia. Cada um tinha que se virar mais ou menos sozinho. Então, para ter lenha para gerar vapor, plantava-se eucalipto porque no pampa a vegetação arbórea é escassa. Quando eu era moleque, havia eucalipto em tudo quanto era canto, o pessoal aproveitava espaços ociosos, as terras menos férteis, para plantar essa árvore. O campo de futebol da minha infância era literalmente cercado de eucaliptos. Quando a bola ia pela linha de fundo, a gente tinha de entrar no mato forrado de folhas secas e pedaços de galhos. Antes de construir o Gigante do Beira-Rio, nos anos 60, o Internacional de Porto Alegre jogava no Estádio dos Eucaliptos, esse era o nome. Porque havia uns eucaliptos nos barrancos onde foram construídas arquibancadas.
No final dos treinos, de tardezinha, o vento trazia aquele cheirinho de eucaliptol. Enfim, os capões de eucalipto são muito comuns no pampa. Desde fins do século XIX os fazendeiros plantavam essa árvore como quebra-vento, para abrigar o gado do calor e do frio, e também para ter lenha para fogão, mourão para cerca, madeira para currais, galpões e até para as casas de moradia. Também se plantava eucalipto para alimentar as fornalhas das locomotivas das estradas de ferro. Aliás, foi para abastecer ferrovias que o eucalipto se disseminou em São Paulo, no início do século XX. No Rio Grande do Sul, 90% dos postes de eletrificação são de eucalipto. Ou, seja, essa árvore está inserida na história econômica do Brasil.
O eucalipto entrou no Brasil como curiosidade vegetal na época da implantação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na década de 1810. Ao longo do século XIX foi usado apenas para compor a paisagem das fazendas. Ele chamava a atenção porque crescia muito rápido, mas havia abundância de madeira nativa. Por isso sua expansão foi mais lenta e tardia do que em outros países, na Europa principalmente. Mas ele acabou se impondo entre nós. Primeiro para ferrovias, depois para carvão, mais tarde para celulose, ultimamente para móveis e construção civil. É uma árvore versátil, de grande utilidade econômica.

SD: Mas o eucalipto só virou notícia pelo viés ambiental.
Hasse: Até pouco tempo atrás, o jornalismo tradicional encarava o extrativismo como simples caso de polícia, nunca como crime ambiental. Da mesma forma, o jornalismo econômico nunca ligou para a silvicultura porque é uma atividade de ciclo muito longo, que não agita as bolsas de mercadorias. Mas a partir de um certo momento tivemos alguns escândalos envolvendo desperdício de recursos para o reflorestamento. E havia também as denúncias de devastação dos recursos naturais na Mata Atlântica, no cerrado e na Amazônia.
A visão do eucalipto como vilão do meio ambiente faz parte de uma realidade mais moderna, decorrente dos extensos plantios feitos pelas indústrias de aço e de papel e celulose. Não pretendo posar de pioneiro, mas em 1980 escrevi uma reportagem de capa para a revista "Exame" sobre o fantasma da escassez de madeira que já rondava o Brasil e o mundo. É claro que o raciocínio empresarial dominante era o de curto prazo, mas na época já existia a idéia de que a longo prazo, no ano 2000, a madeira estaria custando muito mais cara, então era conveniente começar a plantar árvores madeireiras imediatamente, para não faltar matéria-prima para certos setores como a indústria de móveis, de aço e de papel.

SD: O tema o atrai há tempos, então...
Hasse: Pra falar a verdade, o tema vegetal me fascina por diversos motivos. Primeiro porque, apesar de vivermos num país de flora riquíssima, nós, brasileiros, estamos cercados de plantas exóticas, trazidas pelos portugueses, italianos, alemães, japoneses e outros imigrantes. Muitas foram praticamente domesticadas e se tornaram extremamente familiares para nós. É o caso do eucalipto, da laranjeira, da parreira e outras espécies trazidas de outros continentes. São árvores cuja trajetória se relaciona com a história de pessoas, grupos humanos, comunidades, cidades... Aracruz, a atual capital do eucalipto, tem plantações de pau-brasil, a árvore-símbolo do Brasil. Além disso, a madeira está superinserida na vida humana, do começo ao fim, como se fosse uma segunda pele. Berço, mesa, cama, cadeira, guarda-roupa, lápis, papel, caixão mortuário, tudo em nossa vida é feito de madeira. Em muitos países há árvores sagradas, como é o caso do cedro no Líbano. Mas até mudar para o Espírito Santo, em 1991, eu nunca tinha visto uma campanha contra uma espécie vegetal. Me surpreendi com o clamor contra o eucalipto.

SD: O Brasil está longe do que poderíamos chamar de sustentabilidade florestal?
Hasse: Muito longe. O Brasil vive uma dualidade terrível. Por um lado tem uma silvicultura de vanguarda, que trabalha de acordo com parâmetros internacionais considerados civilizados, embora atrelados a leis de mercado determinadas pelo caráter selvagem da concorrência capitalista. De outro, continua mergulhado no mais primitivo extrativismo, que se manifesta de forma aguda no Cerrado e na Amazônia, também visando a atender à lei da oferta e da procura por madeira, carvão e alimentos.
O conflito velado entre os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente expressa o confronto explícito entre os interesses do mercado e as necessidades de preservação da natureza. Nesse contexto absolutamente contraditório não faz sentido falar de qualquer tipo de sustentabilidade.

SD: Estamos prestes a conviver e a nos conformar com o "deserto verde"?
Hasse: A expressão "deserto verde" é muito poderosa, virou uma arma dos ambientalistas contra as monoculturas de árvores. É bom esclarecer que foi criada em 1962 pela bióloga Rachel Carson, autora do livro "Primavera Silenciosa", que condenava o uso do DDT nos plantios maciços de florestas de pinheiros nos Estados Unidos. Também acho exagerada a expressão "apagão florestal", empregada pelos reflorestadores para dramatizar a escassez de madeira. Foi impressionado pelo "apagão florestal" que o BNDES abriu crédito de longo prazo para o plantio de lavouras madeireiras, erroneamente denominadas "florestas plantadas". Por mim, essas expressões deveriam ser abolidas. São marqueteiras, mais atrapalham do que esclarecem. O que devemos ter em mente é o seguinte: toda monocultura é perigosa porque contraria as leis da natureza; e quase todo latifúndio é perverso. Um extenso canavial é mais sinistro do que um grande eucaliptal. Neste, pelo menos, há sombra.

SD: Qual a sua avaliação sobre a luta de ambientalistas versus florestadores?
Hasse: Os dois lados têm razão. Cabe aos órgãos ambientais arbitrar o conflito.

SD: Os governos nas três esferas (federal, estadual e municipal) têm exercido um papel relevante diante do crescimento do plantio do eucalipto?

Hasse: Os governos atuam de forma irresponsável. Sujeitam-se a pressões e respondem a interesses de ocasião. Os órgãos ambientais não têm pessoal nem estrutura para aplicar leis já existentes. Os organismos agrícolas fazem vista grossa para as atividades predatórias dos empreendedores do setor florestal. Aliás, a sociedade brasileira ainda está impregnada pela idéia de que a natureza é fonte inesgotável de matérias-primas gratuitas. A única saída é a educação ambiental massiva. O meio ambiente deveria ser administrado pelas Forças Armadas. Essa idéia o Brasil não copiou de Portugal.

SD: Quais são os benefícios e os malefícios da eucaliptocultura?
Hasse: Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe. Está provado que o plantio de árvores contribui para poupar mata nativa. Portanto, é bobagem condenar os plantios, mas também seria loucura deixar tudo por conta do mercado. Bom é o equilíbrio. A fisiologia do eucalipto é bastante pesquisada. Trata-se de uma árvore com alta capacidade de transformar água em massa verde. Com um litro de água gera três gramas de massa. Nesse aspecto é muito mais eficiente do que qualquer outro vegetal. Em compensação, consome muita água. No Rio Grande do Sul, a Universidade Federal de Santa Maria provou que um eucalipto em fase de crescimento consome uma média de 11 litros de água por dia.
No Espírito Santo, uma pesquisa realizada em Aracruz demonstrou que o eucalipto possui mecanismos eficientes para controlar a transpiração quando detecta escassez de água no solo. Mas a ecologia do eucalipto é pouco estudada. O plantio adensado limita a biodiversidade vegetal, afastando parte da fauna. Isso significa que o eucalipto deve ser plantado em mosaicos, deixando espaços livres para a proliferação da vegetação nativa. É uma prática já adotada por grandes plantadores. No litoral brasileiro o eucalipto vai bem porque nessa região chove muito. Aliás, é bom lembrar que o sucesso do eucalipto no litoral tem tudo a ver com a presença de outras mirtáceas, como a pitangueira, a goiabeira e o araçazeiro. Mas é preciso estudar melhor o impacto do eucalipto sobre os nossos ecossistemas. O senso comum diz que ele resseca o solo. Minha convicção é que os solos secam por causa do desmatamento generalizado. No Rio Grande do Sul o eucalipto foi usado com sucesso no controle de um processo de desertificação por ação do vento na fronteira com o Uruguai.
Mas o tempo de observação ainda é muito curto. Outro dia ouvi um ecologista gaúcho dizer que os solos tropicais não têm microorganismos com enzimas aptas a processar a matéria orgânica que o eucalipto deixa no chão. Não apareceu nenhum cientista para contestá-lo. É uma dúvida a ser resolvida.
(Da Redação do AmbienteJÁ, 18/12/2006)

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