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2006-12-18
Hora de outra prova: Que estado americano produz mais eletricidade eólica que qualquer outro? Resposta: Texas. Próxima questão – essa você nunca vai acertar: Que político lançou a indústria eólica no Texas? Resposta: ex-governador, agora presidente, George W. Bush.

Sim, há muitas coisas que me confundem sobre o presidente Bush, mas nenhuma mais que o mesmo homem que iniciou um dos programas mais efetivos de energia renovável na América, presidiu uma administração que, por seis anos, arrastou-se em energia alternativa, usou seu poder regulador para enfraquecer os padrões de eficiência para as ferramentas principais e enfiou sua cabeça na areia do aquecimento global.

Eu vou esperar por historiadores descobrirem isso. Mas aqui está um conselho imediato que eu posso dar ao presidente: se você quiser salvar qualquer legado positivo, não virá do Iraque. Só sobraram lágrimas ali. Não, o único jeito para você, sr. presidente, para salvar qualquer legado é entrar em contato com suas raízes verdes do Texas e devotar o resto de seu mandato em REALMENTE acabar com o vício americano em petróleo, nos liberando da dependência de regimes petro-autoritários e tornar a América líder em energia renovável para combater a mudança climática.

Se isso não é o centro do próximo Estado da União, ele pode voltar agora para Crawford. No mínimo, lá ele poderá contemplar o que deu errado com sua presidência sob luzes que vêm de eletricidade limpa gerada por vento que ele promoveu. Eu fui para o West Texas, a Arábia Saudita do vento, para descobrir como tudo aconteceu. Pat Wood, um amigo do presidente, foi presidente da Comissão do Texas de Utilidade Pública quando o empurrão para energia de vento começou.

“No fim da reunião sobre políticas de transmissão em meados de 1996”, ele lembrou, “Eu estava indo embora do escritório do governador, quando o governador Bush me disse, ‘Pat, nós gostamos de vento’. Ele estava na sua mesa. Eu disse ‘Nós o que?’ Ele respondeu: Você me ouviu. Vá ficar esperto no vento’”.

Wood, seus amigos representantes e o serviço público do Texas fizeram exatamente isso. Eles realizaram pesquisas e se espantaram com os resultado: usuários de eletricidade do Texas estavam dispostos a pagar um pouco mais para ter energia mais limpa e renovável. Então, Bush instruiu Wood a trabalhar no vento com o serviço público e os ambientalistas. Juntos, eles criaram o Mandato do Ministério Renovável do Texas, no qual Bush conseguiu aprovação no poder legislativo do Texas, em 1999, como parte de uma lei de competição de energia. O mandato estipulou que as empresas de energia do Texas teriam que produzir 2.000 megawatts de eletricidade das fontes renováveis, em sua maioria vento, até 2009.

O que aconteceu? Uma dúzia de novas empresas pulou no mercado do Texas e construíram turbinas para cumprir o mandato – tantas que a meta de 2.000 megawatt foi atingida em 2005. Agora o poder legislativo do Texas aumentou o mandato para 5.000 megawatts até 2015. Todos sabem que eles superaram isso também, porque todo o investimento diminuiu os custos e tornou energia eólica no Texas competitiva com combustível limpo e natural, mesmo sem a parada temporária das taxas. Wood acha que o Texas pode produzir 15% de toda sua energia a partir dos renováveis até 2015.

Um gênio da energia, Wood agora aconselha Airtricity, uma empresa irlandesa de energia eólica que também entrou no mercado do Texas. Nós andamos em sua nova fazenda eólica perto de Midland, que fornecerá eletricidade eólica suficiente – 125 megawatts – para 40.000 casas em Dallas. A fazenda tem turbinas gigantes que desenvolve como máquinas monstros do Guerra nas Estrelas em volta de Midland – no meio de árvores, cobras e bombas de petróleo.

Quando Bush concorreu para governador, seu lema era: “O que os texanos podem sonhar, texanos podem fazer”. Só substitua “americanos” por “texanos”, e ele já tem a última frase de seu próximo Estado da União. Qual seria a substância? Primeiro, vamos fazer um mandato como o do Texas sobre energia renovável para todo estado. Segundo, vamos produzir uma rede de transmissão elétrica das Dakotas até o Texas para levar a energia eólica de onde ela é melhor produzida para as grandes cidades, onde é mais necessário. Por último, vamos criar uma taxa de subsídio de longa duração para construir e comprar carros híbridos. Energia eólica é produzida abundantemente à noite, quando a demanda é mais baixa. Híbridos elétricos seriam carregados à noite. Isso significaria carros híbridos elétricos, que não emitiriam nenhum carbono, podem ser carregados com energia eólica, que também não produz carbono. Se desse certo, seria melhor que Kyoto.

Você tem algo melhor pra fazer, sr. presidente?
(Por Thomas L. Friedman, New York Times, 15/12/2006)
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