Vila Asa Branca, em Porto Alegre, tem diagnóstico socioambiental da Petrobras e ONG Guayí
2006-12-14
Um diagnóstico socioambiental da Vila Asa Branca, de Porto Alegre, será apresentado hoje (14/12), às 19h, a moradores e autoridades, na sede da Associação de Moradores. O trabalho integra o projeto De Olho no Ambiente, criado pela Petrobras e desenvolvido no RS pela ONG Guayí, com sede na Capital e em Caxias do Sul. Os dados levantados mostram que o saneamento básico é um grave problema, a exemplo do que ocorre na maioria das periferias do país.
Grande parte dos moradores (83%) disse utilizar o 'valão' como destino final do esgoto doméstico. Entre as doenças mais comuns estão as respiratórias (38%), virose (28%), problemas de pele (9%), coração (9%), verminoses (4%), hepatite (3%) e leptospirose (3%).
A Vila Asa Branca conta com 600 domicílios. 'A maioria das comunidades tem apresentado problemas de saneamento, que é um dos eixos do projeto', afirmou o coordenador executivo do De Olho no Ambiente no RS, Geraldo Souza. O trabalho busca subsidiar ações futuras e captar recursos para a realização de obras, com enfoque no desenvolvimento sustentável e na melhoria da qualidade de vida. O objetivo principal do projeto, criado em abril, é a implantação da Agenda 21 em 33 comunidades gaúchas, localizadas em 17 municípios. No país, o projeto abrange 335 comunidades. Ele está dividido em quatro fases: mobilização para sensibilizar lideranças; realização da pesquisa de campo; elaboração do diagnóstico socioambiental; e criação do Fórum da Agenda 21 Local. No Estado, a maioria das comunidades passa pela terceira fase do projeto, com a finalização do diagnóstico, segundo o coordenador executivo.
A Agenda 21 foi concebida por países membros das Nações Unidas durante a Eco 92, no Rio de Janeiro, e consiste em um plano de ação para ser adotado por governos e pela sociedade para transformar o desenvolvimento de uma região, um país e do mundo, com base nos princípios da sustentabilidade. 'Algumas ações dependem de recursos públicos e outras da capacidade de organização das comunidades', destacou Souza.
(Correio do Povo, 14/12/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp