Cachoeira do Sul perde sua usina de reciclagem
2006-12-13
A usina de reciclagem que estava sendo construída junto ao Aterro Sanitário Municipal, na
localidade de Ferreira, nem deverá ser inaugurada. O novo destino do lixo produzido pelos
cachoeirenses, possivelmente Minas do Leão, inviabiliza o empreendimento do empresário
Fábio Potter no aterro. A obra está parada há cerca de seis meses, aguardando decisão
judicial. É que Jorge Pastoriza, dono de outra usina de reciclagem no aterro, está
reclamando na Justiça que Potter não está atendendo às exigências da licitação ao serviço.
O prefeito Marlon Santos lamenta que a obra de Potter no aterro não terá finalidade. “É
uma questão de prioridade. Trata-se de um problema ambiental”, diz o prefeito. “Não posso
deixar a situação do Aterro Sanitário Municipal pior para beneficiar o empresário que
exploraria o lixo seco depositado no aterro de Ferreira”, acrescenta Marlon. “A construção
não sai do lugar. Acredito que o empresário nem tinha mais interesse no empreendimento”,
estima o prefeito.
GASTOS - O advogado de Potter, Luciano Coletto, não pretende entrar na Justiça pedindo
ressarcimento do investimento feito por seu cliente no aterro. Coletto diz que contratos
de licitação podem ser anulados quando o prefeito desejar. Dos R$ 50 mil que Potter
estimava investir na usina de reciclagem, apenas 10% já foram gastos, R$ 5 mil. A parte
mais cara, os equipamentos para prensar e enfardar o lixo, não chegou a ser comprada. O
empresário investiu apenas na construção do pavilhão aberto, feito à base de madeira de
eucalipto e telhas de zinco.
(Por Patrícia Loss, Jornal do Povo, 12/12/2006)
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