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2006-12-13
Em Três Lagoas (MS), a mortandade de peixes do Rio Paraná poderá levar o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) a promover um "arrastão" em indústrias, redes de tratamento de esgoto e propriedades que se utilizam de agrotóxicos. O Ibama aguarda resultado de exames para poder tomar providências.

No sul do Estado surgiram os primeiros casos de mortandade de peixes e estudos realizados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) detectaram 320,80 de unidades/grama de sulfato de cobre nos peixes encontrados mortos. Peixes com os mesmos produtos foram coletados em Três Lagoas. Essa quantidade está acima da normal nas espécies existentes no rio. A substância pode causar câncer, no entanto, ainda não se sabe se esse aumento é prejudicial à saúde. Ministério Público Federal e Estadual, além de autoridades políticas e ambientais investigam as possíveis causas para as mortes dos animais.

A responsável pelo Ibama em Três Lagoas, Jussara Barbosa da Fonseca, informou que para uma ação efetiva do órgão é necessário que os primeiros dados sobre as amostras coletadas estejam em suas mãos. De acordo com Jussara, a previsão é de que os resultados das análises sejam divulgados ainda nesta semana. "Sem os exames é difícil pré-julgar, apontar um culpado e multá-lo, isso não cessará o problema da contaminação, muito menos a morte dos peixes. Por isso precisamos dos resultados da análise, para daí sim fiscalizar todos os possíveis agentes poluidores e punir os causadores".

O Ibama deverá averiguar como as indústrias dão fim a produtos utilizados, se as redes de tratamento de esgoto estão com a porcentagem certa de eliminação de resíduos tóxicos. No caso das propriedades, como é feita a utilização de agrotóxicos e como as embalagens são estocadas, entre outras.

Mortandade
A mortandade dos peixes teve início há aproximadamente dois meses, atingindo principalmente a região de Jupiá até Porto Primavera. Em Três Lagoas, os pescadores encontraram, pela primeira vez, espécies de piau, cascudo e armal (abotoado) boiando no Rio Paraná. Dos peixes recolhidos, grande parte apresentava lesões graves e também coloração esverdeada. A Colônia de Pescadores acionou a Câmara de Vereadores e o Executivo para tomarem iniciativas sobre o caso. Foi neste período que a Vigilância Sanitária encaminhou amostras ao laboratório da Unesp, em Botucatu (SP), cujo resultado ainda não foi divulgado.

Paralelo a isso, os Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná já haviam iniciado uma série de estudos para tratar da questão da contaminação. Entre as análises realizadas, uma das já comprovadas foi a de algumas espécies, principalmente armau (abotoado) e cascudo, com acúmulo de metais pesados na musculatura, como o sulfato de cobre, substância altamente cancerígena. No entanto, o índice estaria abaixo do limite máximo previsto pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Nesta semana, técnicos dos três Estados estiveram reunidos no Paraná para tratar do assunto. Uma rede de monitoramento de plantas e peixes foi montada numa extensão de 600 quilômetros do rio. De acordo com a Superintendência de Pesca Estadual, a suspensão ou não do consumo de peixes do Rio Paraná deverá ser definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão federal – que foi acionado esta semana – é que dirá se os peixes do Paraná são ou não próprios para o consumo.

Mas em Três Lagoas, a Vigilância Sanitária já recomendou a suspensão do consumo de peixes vindos do Rio Paraná até que o problema seja solucionado.
(Por Marisa Coutinho, Correio do Estado – MS, 12/12/2006)
http://www.correiodoestado.com.br/exibir.asp?chave=143419,1,5,12-12-2006

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