Indústria não poluente da Bahia terá condomínio
2006-12-12
Empresas e indústrias baianas ecologicamente corretas passarão a contar, a partir de 2007, com uma estrutura física mais adequada ao desenvolvimento de suas atividades: trata-se do condomínio industrial Ecoespaço, o primeiro loteamento fechado do estado voltado para organizações não-poluentes. O empreendimento está sendo construído na via marginal da BR-324, km-14, sentido Feira de Santana – Salvador, próximo ao acesso ao bairro de Valéria, e está previsto para ser inaugurado em maio do ano que vem.
Orçado em R$40 milhões, o projeto é bancado pelo empresário paulista Carlos Ballotim, motivado pelo potencial de retorno financeiro. “O crescimento do estado é algo espantoso. Há um potencial de negócios muito grande em várias áreas”, destacou o sócio-diretor do projeto. Ele conta que decidiu empreender também em função da demanda por este tipo de condomínio, pois quando trouxe a sua empresa do ramo de aço, a Siderinox, para a Bahia, há seis anos, passou por muita dificuldade até conseguir as instalações adequadas.
As empresas alvo do empreendimento são àquelas de pouca ou nenhuma interferência ao meio ambiente como as do setor de transporte, montadoras ou empresas de apoio logístico. A resposta do empresariado baiano tem sido boa, com a comercialização já concretizada de 40% dos lotes na pré-venda. Entre as vantagens para as empresas, Ballotim ressalta a entrega de lotes de terrenos já desmatados, limpos e planos e o mais importante: a licença ambiental já obtida junto ao Centro de Recursos Ambientais (CRA). “Normalmente, a empresa espera de um ano e meio a dois para obter a licença”, informa. No total são 28 lotes de cinco e dez mil metros quadrados.
De acordo com informações do executivo, a construção do condomínio está sendo realizada respeitando as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), do Centro de Recursos Ambientais (CRA) e da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom). O negócio deve gerar cinco mil empregos diretos, uma oportunidade em especial para os moradores dos bairros de Valéria e Palestina. Compreendendo uma área de 460 mil metros quadrados, o empreendimento terá ruas pavimentadas, passeios, área verde, esgotamento sanitário, portaria de acesso e serviços de infra-estrutura.
(Por Cecília Mascarenhas, Correio da Bahia, 11/12/2006)
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