Só preservar os “pontos quentes” da biodiversidade não basta, aponta estudo
2006-12-12
O uso dos chamados "hotspots de biodiversidade", ou regiões de alta riqueza ecológica muito ameaçadas, para determinar a localização das áreas de conservação global da natureza é "uma estratégia limitada", porque pode não proteger espécies suficientes, segundo um estudo que acaba de ser publicado.
O pesquisador Gerardo Ceballos, do Instituto de Ecologia da Universidade Nacional Autônoma do México, co-autor deste estudo publicado no último número da revista PNAS, disse que "só usar ´hotspots´ para manter a biodiversidade do planeta é um enfoque limitado, já que deixa de fora muitas espécies".
O foco em "hotspots", que teve papel fundamental na seleção de lugares para virar reservas biológicas, "não leva em conta a conservação da diversidade a escalas locais ou regionais, que afeta o fornecimento de serviços ambientais", disse Ceballos, responsável desta pesquisa junto com Paul Ehrlich, da Universidade de Stanford, na Califórnia.
De acordo com o trabalho, Ceballos propõe "que se mude a idéia de que os ´hotspots´ são as únicas áreas relevantes para a conservação", e considera "mais adequado usar métodos de otimização" para representar todas as espécies do planeta e maximizar sua representação em um número mínimo de áreas.
(EFE, 11/12/2006)
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