Grupos ativistas que defendem animais foram ao Parque da Redenção rejeitar crueldade e experimentos científicos
2006-12-11
O Parque da Redenção foi palco ontem (10/12) de uma grande mobilização em favor dos direitos dos animais. Promovida pelos grupos ativistas Antiespecismo (GAE) de Porto Alegre, Anima Naturalis e Sociedade Vegetariana Brasileira, a atividade ocorreu ainda em outras 18 cidades brasileiras, sendo 12 capitais, e em 17 países. A iniciativa chamou a atenção daqueles que passavam pelo local com encenações, vídeos e material informativo sobre as crueldades com animais, como a retirada da pele para a confecção de casacos e até mesmo a realização de experimentos científicos.
Na oportunidade, os ativistas aproveitaram o interesse do público da Redenção para conscientizar a população sobre a necessidade do fim da escravidão animal, defendendo uma relação desprovida de exploração e que os bichos não pertencem aos humanos.
Segundo a coordenadora do GAE de Porto Alegre, Maria de Nazareth Agra Hassen, um dos principais objetivos era chamar a atenção sobre as atrocidades promovidas com esses seres vivos. 'Os animais são escravos desse tempo. São tratados como produtos', constatou. Também foram promovidos abaixo-assinados pelo fim de experimentos com animais vivos, pela rotulagem dos produtos que os utilizam em testes, além de uma nova Declaração dos Direitos Animais.
'Na Europa, os produtos já especificam se foram feitos testes em animais. O consumidor tem o direito de saber', constatou a ativista. Em relação aos experimentos, Maria de Nazareth observou que os animais não possuem as mesmas características que as pessoas e que deveriam ser utilizados novos métodos para a testagem, como seres humanos voluntários. 'É preciso que se esgotem outras alternativas para experimentos', complementou Maria de Nazareth.
(Correio do Povo, 11/12/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp