O complexo do Parque Eólico de Osório já está com as obras concluídas, num total de 75 aerogeradores (2 MW cada), e deve começar a operar com toda capacidade (150 MW) no final de dezembro. A inauguração do complexo deve ocorrer no fim de janeiro de 2007.

A informação foi dada ontem (07/12) pelo governador Germano Rigotto, durante reunião com a diretoria do grupo, que veio homenageá-lo e agradecer o apoio recebido para a implantação do parque no Rio Grande do Sul. "São 150 MW de energia, o maior parque eólico da América Latina e que vai fazer com que o Rio Grande do Sul tenha, cada vez menos, dependência da energia de fora do Estado", destaca Rigotto.

A direção do grupo manifestou ao governador a intenção de realizar novos investimentos no Estado com a construção de novos parques eólicos. "Não tenho dúvida de que o parque de Osório foi o primeiro grande investimento de uma série de outros que deverão vir", ressalta o governador. Segundo Rigotto, este empreendimento irá possibilitar a atração de outros investimentos para o Rio Grande.

Rigotto lembra que há quatro anos, já eleito governador do Estado e antes de assumir, manteve o primeiro contato com o grupo Elecnor/Enerfin, em Bruxelas (Bélgica), na busca de atração de investimentos para o Estado. Como governador, em 2003, reuniu-se com a direção do grupo em Madrid (Espanha), onde também visitou o parque eólico local. No encontro de hoje, o governador recebeu uma placa de homenagem da direção da Elecnor/Enerfin pelo apoio e acolhimento ao grupo no Rio Grande do Sul. "O governador Germano Rigotto, junto com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ajudou este investimento privado a vir para o Rio Grande do Sul, desde a fase de estudos e o início das negociações", diz o presidente da Ventos do Sul, Telmo Magadan. O investimento total no Parque de Osório foi de R$ 670 milhões e gerou mais de 2 mil empregos diretos e indiretos para a construção da planta. Conforme Magadan, a estrutura da Elecnor/Enerfin já está estabelecida, definitivamente, no Estado.

O parque já está com 50 torres (100 MW) em operação comercial. "Trata-se de um projeto de larga sensibilidade social e de sustentabilidade que veio para ficar no Rio Grande do Sul, o primeiro estado brasileiro a ter um forte movimento ambientalista", observou o espanhol Guilhermo Planas Roca, diretor do grupo Elecnor/Enerfin.
(Jornal do Comércio, 08/12/2006)
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