(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-12-08
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, respondeu às críticas de que sua pasta e a preocupação ambiental estariam impedindo o desenvolvimento de importantes segmentos econômicos. Ao discursar durante a entrega do 1º Prêmio da Agência Nacional de Águas (ANA), na noite de quarta-feira (6/12), e em entrevista à Radiobrás, a ministra disse que a implementação e o cumprimento rigoroso da legislação ambiental provocam conflitos, e que desenvolvimento sem a preocupação com a sustentabilidade não é desenvolvimento.

Ela apontou que esses conflitos não se dão só com empresas e parcelas da sociedade, mas também dentro do próprio governo. Marina afirmou que a aplicação de critérios ambientais durante o processo de planejamento das ações de infra-estrutura é uma conquista da qual a sociedade não deve abrir mão.

“Ainda bem que não temos mais a velha consciência de que os recursos naturais são infinitos. É fundamental que nosso país se desenvolva, mas temos de considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas”, comentou. “Temos de entender que vivemos na era dos limites. O desenvolvimento que não é capaz de incorporar critérios de sustentabilidade, de conciliar as respostas às necessidades do presente com o direito das gerações futuras, não é desenvolvimento. Da mesma forma como a preservação ambiental que não considera as reais necessidades materiais para alcançarmos o desenvolvimento social não é viável”.

Para a ministra, é falsa a polêmica que contrapõe os que querem o desenvolvimento econômico dos que querem preservar o meio ambiente. Em relação às recentes críticas à suposta morosidade das concessões de licenças ambientais, a ministra sugeriu que elas podem ter outras razões: “No início do governo, havia 45 hidrelétricas paralisadas em função de questões judiciais, e hoje são apenas quatro. E elas só estão paralisadas porque o empreendedor não atendeu às exigências do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]. Logo, as pessoas podem estar criticando não a lentidão, mas sim o fato de que, agora, as coisas têm de ser bem feitas, com critérios”.

Marina Silva enumerou algumas medidas que tomou à frente do ministério para aumentar a eficiência do setor. “Quando assumimos o governo, o quadro de pessoal efetivo para conceder os licenciamentos ambientais tinha sete pessoas. Hoje, são 150 funcionários contratados por meio de concursos. Havia uma única coordenação de licenciamento. Hoje, são três [a de Transporte, Mineração e Obras Civis, a de Infra-Estrutura e Energia e a de Petróleo e Gás]”. De acordo com a ministra, a média anual de licenças concedidas durante o governo anterior era de 145 e subiu para 225.

“Eu tenho absoluta certeza de que o caminho que tomamos de desenvolvimento sustentável é irreversível”, afirmou a ministra. Defendendo que a política ambiental, apesar de recente, avançou muito no Brasil, ela atribuiu à mudança de paradigmas a polêmica. “Não é errado ter interesses”, disse. “O Estado tem de lidar com esses diferentes interesses. O errado é quando um interesse acha que pode se sobrepor aos demais. É impossível imaginar que podemos continuar com o padrão de fazer primeiro para depois mitigar os impactos. Podemos fazer diferente, incluir critérios de sustentabilidade no planejamento de nossas ações.”
(Por Alex Rodrigues, Agência Brasil, 07/12/2006)
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2006/12/07/materia.2006-12-07.7427631078/view

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -