Segundo o Comitê Pró Resgate e Desenvolvimento de Vieques (CPRDV), ilha localizada a sudeste de Porto Rico, a população se reuniu com a Secretaria de Saúde para exigir serviços necessários para aliviar uma crise. As estatísticas comprovam que os viequenses têm maior risco que o restante dos portorriquenhos de morrer de câncer, enfermidades do coração, diabetes, AIDS e hipertensão.
A reunião realiza-se depois de meses de petições por parte dos viequenses e uma semana depois da apresentação, em Vieques, dos resultados de estudos de metais pesados, realizados durante quase dois anos.
Myrna Pagán, da Comissão de Saúde do CPRDV, disse que "nossas famílias sofrem taxas inaceitáveis de mortalidade, porque nosso governo não tem sido suficientemente eficiente e pelo desinteresse de algumas pessoas dentro do nosso o sistema de saúde pública".
O CPRDV relaciona a contaminação militar com as altas taxas de enfermidades e, por fim, exigem o fim das detonações de bombas na ex-zona de tiro em Vieques, as quais lançam no ambiente os perigosíssimos tóxicos militares.
Na última sexta-feira (1º/12), quatro intensas detonações de bombas estremeceram a Ilha Nena, produzindo uma nuvem de fumaça que chegou à área povoada com uma carga de contaminação. Nem a Junta de Qualidade Ambiental nem a Agência Federal para a Proteção Ambiental monitoram estas detonações que, segundo os viequenses, aumentam os riscos para uma população já afetada por meio século de bombardeios.
A reunião com a Secretaria de Saúde é parte de uma campanha do CPRDV para conscientizar o povo portorriquenho da necessidades da luta contínua pela paz em Vieques e para denunciar o Governo de Porto Rico e a Marinha por violar o direito do povo viequense de viver em paz, em um ambiente limpo e coma facilidades e tratamento de saúde adequados.
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Adital, 06/12/2006)