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2006-12-06
Iniciou na manhã desta segunda-feira (4/12), em Brasília, o seminário sobre o projeto Inventário Florestal Nacional. O evento, que reúne especialistas de todo o país e do exterior, foi desenvolvido para validar a metodologia do projeto, elaborada por uma comissão técnica composta por representantes de universidades e instituições de pesquisa, entre elas Embrapa e IBGE. A metodologia será apreciada pela Comissão Coordenadora do Programa Nacional de Florestas (Conaflor) hoje (6/12), último dia do seminário.

Com a metodologia definida, o próximo passo será testá-la nos diferentes biomas, estabelecer os contratos de coleta de dados e controle de qualidade e desenvolver os sistemas de análise e processamento de dados. Tudo isso para implementar o Inventário Florestal Nacional, que permitirá identificar o potencial de produção sustentável de cada bioma e aprofundar o conhecimento sobre as cadeias produtivas interligadas. "Fico feliz em constatar que estamos aqui, há três anos e 11 meses de governo, realizando coisas como se estivéssemos nos primeiros dias de gestão, com o mesmo vigor", disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na abertura do seminário. Segundo ela, o inventário é um exemplo do efeito positivo do que pode produzir a transversalidade no governo. "Não é fácil atuar de forma integrada. Afinal, cada um tem uma experiência, uma visão de mundo. O que nos une sãos princípios éticos. E foram eles que orientaram esse trabalho", argumentou, citando a participação das diferentes instituições envolvidas.

A metodologia do inventário começou a ser construída em 2005, sob a coordenação do ministério. O primeiro passo foi dado em um workshop realizado em Curitiba, em outubro daquele ano, com cerca de 90 estudiosos do Brasil e do exterior. Experiências da Finlândia, Austrália, Estados Unidos e México foram levadas em conta. Com ela, será possível coletar dados sobre as florestas brasileiras em escala nacional. Esses dados serão atualizados a cada cinco anos. O objetivo é garantir informações estruturadas sobre a biodiversidade, a biomassa de que dispõe o país, os produtos florestais e sobre como a sociedade interage com a floresta. "Essas informações deverão auxiliar em eventuais correções das atuais políticas públicas e, sobretudo, deverão orientar e facilitar o planejamento de novas políticas públicas", salientou a ministra.

Outro aspecto importante do inventário é a possibilidade de oferecer um retrato da situação das Áreas de Preservação Permanente. Isso facilitará a identificação das regiões que necessitam de recuperação, o planejamento de custos e de prioridades.

Equipes multidisciplinares desenvolverão levantamentos de campo, o que garantirá ao inventário dados quanti-qualitativos. Imagens de satélite de alta resolução serão amplamente usadas. Tudo para acompanhar com precisão a evolução da paisagem florestal do país, com periodicidade. As conseqüências práticas desse esforço em inventariar as florestas brasileiras podem ser avaliadas pelo caso finlandês que, desde a década de 1920, realiza seu inventário. Nos anos 70, os finlandeses perceberam que estavam cortando mais árvores do que poderiam suportar. Com isso, o país modificou sua gestão florestal.

O Inventário Florestal Nacional institucionaliza o monitoramento da floresta, que já é feito pelo Projeto de Estimativa de Desflorestamento da Amazônia (Prodes) e pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). Além disso, o Sistema de Detecção da Exploração da Floresta em Tempo Real (Detex) está em fase de testes e deve ser implementado a partir de abril de 2007. O inventário também facilitará a execução da Lei de Gestão de Florestas Públicas, já que constitui um importante instrumento de planejamento. Caberá ao Serviço Florestal, coordenar e gerir o inventário.

Na solenidade de abertura, a ministra Marina Silva ainda elogiou a declaração do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, sobre a capacidade do Brasil de aumentar a produção de grãos sem derrubar árvores. "Fico muito feliz em ouvir isso. Não há nada mais atrasado do que derrubar florestas, perder biodiversidade para garimpar nutrientes", comentou a ministra. Marina Silva também chamou de "falso dilema" o debate sobre a relação entre meio ambiente e desenvolvimento. "Queremos crescimento, sem que isso signifique sacrifício ambiental. É possível, sim, criar uma economia virtuosa, em bases sustentáveis éticas e políticas".
Resumo Executivo do Inventário Florestal
(Por Marluza Mattos, Ministério do Meio Ambiente, 05/12/2006)
http://www.mma.gov.br/ascom/ultimas/index.cfm?id=2974

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