Usinas de álcool deve ser instaladas em três municípios gaúchos
2006-12-05
O estímulo do cultivo da cana-de-açúcar voltada para produção de álcool vai ao encontro dos projetos para implantação de usinas no Rio Grande do Sul. Está prevista a instalação de usinas, a médio prazo, nos municípios de Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Assis e São Borja. Para discutir a introdução do setor sucroalcooleiro na região de São Borja, a Agência de Desenvolvimento do município realiza no dia 7 de dezembro, no Sindicato Rural da cidade, o 1o Fórum Regional da Cana-de-açúcar - Uma Alternativa Econômica à Fronteira Oeste.
Atenta às possibilidades desses novos mercados, a Cooperativa Produtores de Cana de Porto Xavier (Coopercana), fundada em 1987, é a única a produzir álcool hidratado no Rio Grande do Sul. A cooperativa tem previsão de fechar 2006 com a produção de 6 milhões de litros de álcool que vão direto para as distribuidoras para serem vendidas como combustível.
Segundo seu presidente, Roque Diemimger, isto responde por cerca de 2% do consumo do Estado. "Nós importamos todo o álcool anidro e 98% do hidratado", informa. Para o digirente, como o estado não tem as mesmas condições climáticas de São Paulo, Paraná ou do Norte do país, não pode se apostar em grandes projetos de usinas aos moldes dos outros estados. Diemimger acredita que microdestilarias instaladas em regiões de microclimas favoráveis ao cultivo da cana são a opção apropriada para o desenvolvimento. Além disso, salienta que não de pode sair de culturas tradiconaias como trigo e milho para se plantar cana, achando que essa será a "solução para todos os problemas".
Segundo o técnico da Emater na cultura de cana-de-açúcar, o agrônomo Alencar Paulo Rugeri, levantamento técnicos e agroclimáticos mostram que o RS tem potencial para este cultivo, desde que sejam respeitadas as caracterísiticas estruturais fundiárias de cada região. Ele destaca que todo o cultivo precisa ser apoiado pela pesquisa, que vai mostrar quais as variedades de cana mais indicadas para o plantio nas diversas regiões, quais áreas possuam os microclimas mais adeuados e a topografia e a fertilidade do solo apropriadas.
(Jornal do Comércio, 04/12/2006)
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