Especialistas pedem preservação de trechos de floresta de SP
2006-12-05
A proteção da biodiversidade nas florestas paulistas não pode se limitar às unidades de conservação. A prioridade devem ser os fragmentos florestais remanescentes, espalhados pelo interior do Estado, pois cada um tem composição única de espécies de plantas e animais.
Essa é uma das principais conclusões preliminares do workshop organizado pelo Programa Biota-Fapesp, de 16 a 18 de novembro, em São Paulo. O evento reuniu 130 pesquisadores com a proposta de fazer um mapa que indique as áreas prioritárias para conservação e restauração da biodiversidade no Estado.
Durante o encontro, os especialistas se dividiram em sete grupos temáticos. De acordo com o coordenador do Biota, Ricardo Ribeiro Rodrigues, os resultados, apesar de terem sido trabalhados individualmente dentro de cada grupo, foram convergentes no sentido de apontar as áreas prioritárias para conservação.
“Não temos dúvida de que o processo fornecerá um instrumento para que a Secretaria do Meio Ambiente estabeleça políticas públicas com sólida base científica”, disse.
Os pesquisadores se basearam nos dados do Sistema de Informações Ambientais do Biota (SinBiota) e em outras fontes complementares, fornecidas pelos parceiros da iniciativa: Fundação Florestal, Instituto Florestal, Conservação Internacional e o Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria).
Segundo Rodrigues, o produto final do trabalho coletivo será apresentado em 5 de junho de 2007, Dia do Meio Ambiente.
“Concluímos que o banco de dados poderá ficar ainda mais completo com dados obtidos por pesquisadores que estavam presentes no workshop, mas que ainda não foram integrados. Essa complementação será feita até 15 de março. A partir daí serão gerados os mapas de áreas prioritárias, a serem divulgados em junho”, disse.
(Por Fábio de Castro, Agência Fapesp, 04/12/2006)
http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=6419