As três estiagens seguidas forçaram a adoção de medidas que contribuam na prevenção de novas secas. Vários municípios do Oeste catarinense estão imitando Coronel Freitas e construindo cisternas no meio rural. Chapecó instalou redes de água.
No distrito de Sede Figueira, um poço foi perfurado com o auxílio de recursos de um fundo destinado ao Corpo de Bombeiros. Em Seara, o secretário da Agricultura, Renato Tumelero, informou que foram construídos três açudes comunitários e três cisternas.
O município também recebeu um distribuidor de líquidos da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Concórdia e a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento está perfurando um poço de 620 metros a um custo de R$ 1,5 milhão.
A obra deve resolver um problema crônico do município, que passou por 11 racionamentos nos últimos quatro anos. O período mais longo foi de 1º de maio a 9 de julho de 2006. O reservatório de captação, no Rio Caçador, ficou 50 dias sem transbordar, de acordo com o gerente da agência da Casan em Seara, Écio Bordignon.
A captação era interrompida várias vezes ao dia para acumular água no reservatório. Bordignon disse que o município poderia ter evitado parte do transtorno, caso a empresa que começou a perfuração do poço tivesse cumprido o prazo contratual, que era 16 de maio de 2006. O contrato com a Geoplan foi rescindido em agosto, depois que a empresa quebrou a broca com apenas 374 metros de perfuração.
A Constroli, empresa contratada em oububro, deve terminar a obra até fim de janeiro. A vazão prevista do poço fica entre 200 mil e 250 mil litros por hora. A atual estação de tratamento trabalha com 140 mil litros por hora, 16 horas por dia.
- Vamos resolver o problema de Seara - disse Bordignon.
Em Xavantina, a Casan instalou 5 mil metros de rede para levar água da comunidade de Rio Claro até a cidade. O superintendente de Negócios da Casan para o Planalto e Oeste, Paulo Christ, disse que ainda estão sendo instalados poços profundos em Maravilha e São Lourenço do Oeste.
Em Maravilha o poço já foi perfurado e basta a avaliação e compra dos equipamentos. Em São Lourenço do Oeste, a obra deve ser concluída em cinco meses.
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Diário Catarinense, 04/12/2006)