Tecnologia nacional vai produzir energia solar na PUCRS
2006-12-05
No telhado de alguns prédios da Pontifícia Univerisdade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), os módulos fotovoltaicos já vem sendo usados para transformar energia solar em elétrica. Porém, a importação desses equipamentos deverá ser uma questão de tempo. A universidade caminha a passos largos para começar a produzir internamente estes produtos, a custos mais acessíveis e, dessa forma, mais atrativo para o mercado.
O convênio assinado em parceria com a CEEE, Eletrosul e Petrobras prevê que até maio de 2008 a planta já esteja produzindo os equipamentos, que posteriormente seriam instalados pelas empresas. O processo de fabricação, que utiliza insumos de baixo custo, foi patenteado pela PUCRS. O coordenador do Centro Brasileiro para Desenvolvimento da Energia Solar Fotovoltaica da universidade, Adirano Moehlecke, explica que o grande atrativo desse tipo de produção de energia elétrica é a baixa contamicação ambiental, na medida em que a emisssão de CO2 é praticamente zero.
Equipamentos como esse já estão sendo usados no Brasil, porém, precisam ser importados. "O grande desafio é tornar essa tecnologia viável ecnomicamente", observa. Uma das inovações está justamente na produção em escala que permita que, dentro da universidade mesmo, seja possível chegar a um plano de negócios viável para a indústria. Enquanto a tecnologia nacional não está finalizada, em Santa Catarina, a Eletrosul instalou módulos importados para apresentar a chamada casa eficiente.
A ideia é buscar alternativas para que os gastos com insumos sejam mais baratos. O silício que o Brasil produz, por exemplo, não tem preza suficiente para ser usado na fabricação desses módulos. O produto é exportado por US$ 1.2 o quilo e, quando os módulos fotovoltaicos são importados novamente, vem para o país por US$ 600 o quilo se fosse feita a conversão para essa medida".
O professor afirma que, ao mesmo tempo em que os custos da energia estão aumentando no mundo, os da solar estão caindo. Na Europa, a idéia é que até 2015, em países mais ensolarados, a energia solar possa competir em igualdade com as demais.
O módulos são dispostos em prédios, casas e fachadas, geralmente no telhado. É uma espécie de placa de vidro, com dois terminais, que funcionam como uma bateria. Durante o dia o dispositivo produz energia e, quando não tem ninguém em casa, o medidor gira ao contrário, reduzindo o custo. Os dados chegam até os apartamentos e residências atravpes de cabos. Os módulos que estão sendo projetados pelo Centro de Desenvolvimento da PUCRS vão de meio metro até 1,5 metro. Em uma cidade como Porto Alegre, se ocupar um espaço de 10 m² pode produzir 130 kilowatt por mês, o que representa uma economia siginificativa para quem usa, por exemplo, de 200 a 300 kilowatt por mês.
(Por Patrícia Knebel, Jornal do Comércio, 04/12/2006)
http://jcrs.uol.com.br/home.aspx