Ambientalistas cobram medidas do governo para amenizar impactos das monoculturas de árvores
2006-12-05
Obter garantias de que medidas estão sendo tomadas para não haver impactos
socioambientais no Rio Grande do Sul, com a expansão desenfreada de
plantações de árvores para produção de celulose, é o objetivo do requerimento
protocolado por entidades ambientalistas ao presidente da República, Luis Inácio Lula
da Silva, na última terça-feira, 28 de novembro. O
grupo, formado pelas ONGs gaúchas Amigos da Terra/Brasil, Associação
Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural Grupo Mamangava e Igré - Associação
Sócio-ambientalista temem que aconteça no estado gaúcho os mesmos impactos negativos que ocorreram
no Espírito Santo "a polêmica em torno das terras indígenas - no pampa
Argentino" escassez de água - e nas savanas da África "redução de paisagens
naturais".
No documento, que reúne parecer técnico e avaliações sobre os impactos, os
ambientalistas se posicionam contra ao projeto de lei 6856/2006, que está
tramitando na Câmara de Deputados e que prevê a redução da faixa de
fronteira de
150 km
para 50km com objetivo de permitir a compra de terras nesta região por
parte da
empresa estrangeira Stora Enso. As entidades consideram que a manutenção
da
faixa de fronteira é “indispensável para a segurança nacional†e
requerem que
seja verificada “a veracidade das aquisições de terras na área de
fronteira por
estrangeiras.
O
requerimento foi protocolado também no Ministério da Defesa Civil, no ï€
Conselho
Nacional de Defesa, na Casa Civil da Presidência da República e no
Ministério do
Meio Ambiente. Devendo ser encaminhado nos próximos dias aoo INCRA/DF, à
Governadora Eleita do Estado do Rio Grande do Sul, à Assembléia
Legislativa do
Rio Grande do Sul, ao INCRA/RS, ao IBAMA/RS e ao Comando Militar do Sul
- 3ª
Região Militar - Porto Alegre.
(Assessoria de Comunicação dos Amigos da Terra, 01/12/2006)
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