Lodo tóxico continua sem controle e cobre 400 hectares em Java
2006-12-05
O ministro de Meio Ambiente da Indonésia, Rachmat Witoelar, disse que as autoridades foram incapazes de conter até o momento os 200 mil metros cúbicos de lodo tóxico que vazam diariamente das instalações da companhia de gás Lapindo Brantas, em Java Oriental, informou hoje a agência estatal de notícias "Antara".
O lodo tóxico já cobriu 400 hectares de terreno, varreu oito povoados e provocou o deslocamento de 14 mil pessoas desde o início do vazamento, em maio. "Não conseguimos ainda conter o fluxo. Encarreguei o Ministério de tentar impedir que haja mais destruição", declarou Witoelar ontem no Clube de Imprensa Estrangeira. "No momento, o fluxo é de cerca de 200 mil metros cúbicos por dia, além do que qualquer dique ou bomba possa conter", acrescentou o ministro.
O problema começou em maio, num poço escavado pela companhia de gás na localidade de Sidoarjo. Em novembro, 13 pessoas morreram após a explosão de um lance de um gasoduto por causa da pressão do lodo sobre a tubulação. Witoelar admitiu que pode levar anos para deter o fluxo e disse que os desabrigados devem ser indenizados o mais cedo possível.
A Lapindo Brantras chegou ontem a um acordo com os representantes dos milhares de desabrigados, segundo informou hoje o jornal "The Jakarta Post". A empresa se comprometeu a comprar as casas, outros edifícios e campos de arroz contaminados por US$ 105, 155 e 13 o metro quadrado, respectivamente. A empresa também anunciou que prepara de 500 a 600 hectares de terreno para os deslocados pelo desastre.
(EFE, 05/12/2006)
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