Santa Catarina já superou em 8% a devolução de embalagens de defensivos agrícolas até outubro deste ano em relação a todo 2005. No total foram processadas 417,5 toneladas de recipientes, 21,5% a mais do que as 343,7 toneladas no mesmo período do ano passado.
No Brasil também houve aumento. De janeiro a outubro foram devolvidas 16.437 toneladas de recipientes, o que representa 9% a mais do que o mesmo período do ano passado.
Seis centrais e mais 15 postos de recebimento são os intermediários do processo em Santa Catarina.
O aumento na devolução das embalagens é um avanço no sistema de destinação, em que cada envolvido tem parcela de responsabilidade. A cadeia envolvendo agricultores, canais de distribuição e cooperativas, indústria produtora (representada pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) e poder público tem conseguido trabalhar em conjunto e chegar aos bons resultados.
Associação quer aumentar a devolução
A Associação das Revendas de Agrotóxico da região de Campos Novos (Ararcan) tem a Licença Ambiental de Operacionalização (LAO) desde fevereiro do ano passado. É uma unidade pré-industrial, que recebe embalagens, separa, prensa e dá a correta destinação para a incineração ou reciclagem do material.
Ligada ao Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, a associação ainda trabalha com um déficit mensal de R$ 2 mil. A idéia, entretanto, conforme o presidente Marco Antonio Ubaldo, é que a Ararcan seja auto-sustentável.
O investimento para a criação da associação foi de R$ 300 mil. Parte do dinheiro foi aplicado pelas oito sócio-proprietárias, empresas revendedoras de agrotóxicos da região.
A média mensal de recolhimento é de cinco a seis toneladas, sendo 90% lavadas e 10% contaminadas (que serão destinadas à incineração). Como cerca de 30% das embalagens ainda não são devolvidas (a média nacional é de 85% de devolução), a intenção é que a partir de 2007 seja feito um rastreamento.
- Para vender agrotóxico a Fatma exige que a empresa se associe a uma entidade de recebimento. Quando a empresa vender, emite uma nota. A idéia é que isso seja lançado em um sistema para que quando o produtor devolver a embalagem seja dada a baixa no sistema.
(Por Lilian Simioni,
Diário Catarinense, 03/12/2006)