Projeto náutico da Fundação Pão dos Pobres, na Capital, promove a inclusão de jovens e incentiva a preservação ambiental
2006-12-04
Além de aprender um novo ofício, 160 jovens da Fundação Pão dos Pobres têm a chance de praticar um esporte que dificilmente teriam acesso devido aos custos elevados. Alunos dos cursos de marcenaria e mecânica náutica constroem equipamentos e embarcações, que depois utilizam para velejar no Clube Veleiros do Sul, na zona Sul da Capital. O Projeto Rumo, viabilizado pela Copesul, formou nova turma, neste sábado (02/12). A primeira-dama Isabela Fogaça foi paraninfa do grupo.
Com a formação, os jovens passam a ser mão-de-obra capacitada para a manutenção e a construção artesanal de barcos de madeira. Segundo a coordenadora pedagógica do Centro de Educação Profissional do Pão dos Pobres, Carla Zitto, a inclusão propiciada pelo projeto é dupla. 'Ao mesmo tempo que cria uma especialidade no mercado de trabalho, o projeto socializa e divulga a vela, esporte que não está acessível a todos pelo custo do barco e das roupas', comentou.
Desenvolvido há dois anos, o Projeto Rumo já completou a construção de quatro embarcações, que ficarão à disposição do grupo no clube. Atualmente, o barco Guanabara está sendo restaurado. A embarcação foi doada ao Pão dos Pobres para a utilização no projeto. De acordo com Carla, o objetivo da iniciativa é despertar o interesse dos alunos pelos esportes náuticos, favorecer o convívio e a amizade e desenvolver ações para preservação ambiental. O curso de iniciação à vela é oferecido também a internos do Pão dos Pobres, com idades entre 10 e 14 anos. Os cursos de marcenaria e mecânica náutica destinam-se a jovens carentes entre 15 e 18 anos. A expectativa para o ano que vem é ampliar o número de alunos.
(Correio do Povo, 03/12/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp