Ibama vai realizar barreiras de fiscalização do mexilhão dourado
2006-12-04
Em reunião realizada na sexta-feira (1º/12) na sede do IBAMA/RS
foram definidas diversas ações para serem desenvolvidas em todo o
Estado, como parte do programa de monitoramento do mexilhão-dourado
(Limnoperna fortunei). Neste fase, o principal alvo da fiscalização
serão os barcos de pesca "em especial os de pequeno porte-,pois estes
são considerados um dos maiores propagadores do molusco, que sobrevive
um longo período fora da água e (na fase larval) não pode ser visto a
olho nu. Além disso, pode ser transportado no casco de embarcações e
reboques, bem como em partes não visíveis do motor, âncoras, redes e
outros materiais de pesca, conforme explica a consultora do IBAMA,
bióloga, Daniela Gelain.
Segundo ela, "o mexilhão dourado não nada, somos nós que o
transportamos por descuido ou desinformação". Em razão dessa operação
de fiscalização, participaram do encontro, fiscais, analistas
ambientais e as chefias dos escritórios do IBAMA de Bagé, Rio Grande,
Tramandaí, Uruguaiana, Passo Fundo e Santa Maria, que deverão promover
uma série de barreiras com o objetivo de fiscalizar estas embarcações.
O analista ambiental Fábio Faraco, do Núcleo de Fauna do IBAMA/RS
afirma que este (o controle do mexilhão dourado) é um problema de toda
a sociedade e, que esta deve fazer sua parte na tarefa de evitar a
propagação do molusco, originário da China e que chegou em águas
brasileiras em 1998, se espalhando rapidamente.
O método de fiscalização definido pelos técnicos será, nesta fase, a
implementação de barreiras.Todas as embarcações e reboques serão
vistoriados nas barreiras, promovidas nas estradas, cujos locais serão
definidos e, posteriormente divulgados pelo IBAMA. Nas embarcações
onde for identificado o mexilhão-dourado, o proprietário dever ser
notificado e orientado a realizar a limpeza da embarcação. Eles
receberão uma cartilha com orientação de procedimentos para evitar a
propagação do molusco e um Kit para limpeza dos barcos, contendo água
sanitária, luvas, pano, balde, espátulas e sacos de lixo no próprio
local da barreira. O principal objetivo das atividades é divulgar as
informações corretas de como evitar a infestação de novas áreas.Mas
caso se recuse a realizar a limpeza, o proprietário será autuado e a
embarcação deverá ser apreendida.
(Por Maria Helena Firmbach Annes, Ibama/RS, 01/12/2006)